Prezados investidores e parceiros,
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Estamos vivendo tempos extraordinários.
Foi com essas palavras que, em março do ano passado, iniciamos a carta dirigida a vocês com o intuito de compartilhar a nossa visão sobre a crise que vivenciávamos e as nossas melhores recomendações sobre como lidar com seus investimentos em tal cenário.
Hoje, felizmente, vivemos uma situação diametralmente oposta à de dez meses atrás, com um forte bull market dos criptoativos. Ainda assim, acreditamos ser fundamental reiterar os nossos princípios. Isso porque, em situações extremas, seja com o mercado em queda ou em alta, é natural agirmos por impulso e esse comportamento pode ser bastante deletério.
A fenomenal escalada dos criptoativos e, notadamente, do Bitcoin, que saiu de próximo dos US$ 10 mil em outubro até atingir a marca dos US$ 40 mil na data de hoje, deixa todos com a sensação de que deveriam ter investido mais, independentemente da parcela do capital já alocada na classe. Nessas horas, é importante ter em mente que, apesar de apresentar uma rentabilidade histórica fora de série, a classe dos criptoativos é muito mais volátil que qualquer outra. A queda de mais de 15% do Bitcoin em 24 horas poucos dias atrás foi um lembrete disso. Assim sendo, reforçamos aqui os dois princípios que repetimos quase como uma mantra.
O primeiro deles diz respeito ao tamanho da alocação em criptoativos no seu portfólio. Sempre preconizamos que, para a maioria dos perfis de risco, o percentual alocado deve ser de um dígito, geralmente, baixo. É importante que o tamanho da alocação seja tal que, mesmo em um cenário adverso de forte queda, o investidor sinta-se confortável para mantê-la. Além disso, por ter oscilações muito diferentes dos ativos tradicionais, os criptoativos demandam rebalanceamentos de portfólio mais frequentes.
O outro princípio diz respeito ao horizonte de investimento. Por mais que sejam tentadoras as oportunidade de buscar lucros rápidos nos momentos em que o mercado sobe tão aceleradamente, acertar o timing é extremamente difícil. Nossa recomendação é que os investimentos em criptoativos sejam feitos com horizontes de tempo de anos. Por exemplo, quem investiu em Bitcoin no final de 2017 só veio a ter retorno positivo no final de 2020, três anos depois,
Seguimos extremamente confiantes com o futuro do mercado de criptoativos no longo prazo e que a tecnologia das blockchains irá mudar o mundo para melhor. Nossa visão é de que essa classe de ativos deve fazer parte de praticamente qualquer carteira de investimentos.
De volta à carta de março, em certo ponto, escrevemos que “... o medo e o pânico estão dominando as ações da maioria dos agentes de mercado. Sabidamente, em situações como esta, disciplina e serenidade são muito bem recompensadas”. O contexto agora é completamente diferente, porém a prescrição de disciplina e serenidade seguem igualmente válidas.
Como sempre, estamos à disposição para ajudá-los através do e-mail ri@hashdex.com.br.
Abraços,
Equipe Hashdex |