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BlockFi declara falência e Powell praticamente confirma alta de 50 bps

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O NCI fechou o domingo (04/12/22) 4,0% acima do fechamento da semana anterior. Esse movimento foi influenciado principalmente pelo ether (ETH), que subiu 5,5%, enquanto o bitcoin (BTC) avançou 3,3%.

Na esteira de uma semana em que a Genesis Global Capital encontrou dificuldades durante sua busca pelos recursos necessários para se manter solvente, investidores aguardavam novas manchetes associadas ao colapso da FTX e, ao mesmo tempo, monitoravam desenvolvimentos macro à medida que a última reunião do FOMC em 2022 (14/12) se aproximava. 

Após uma queda acentuada no domingo à noite, os criptoativos andaram de lado na segunda-feira. Os preços dos ativos digitais foram pouco alterados pela declaração de falência da BlockFi, uma plataforma de empréstimos centralizada de cripto. Algumas horas após o anúncio da declaração, o ETH e o BTC atingiram as suas respectivas baixas semanais de  US$16.143 e US$1.163.    

A BlockFi tinha passado por um ano repleto de dificuldades, então a sua eventual falência pouco surpreendeu o mercado. Em fevereiro, a sua subsidiária, BlockFi lending, foi multada em US$100 milhões, pela Securities and Exchange Commission (SEC), por não aderir à lei de valores mobiliários dos EUA. Depois, em junho, surgiram rumores que a BlockFi enfrentava problemas de solvência devido à sua exposição ao Three Arrows Capital (3AC), um hedge fund de cripto que quebrou após o colapso do ecossistema Terra/Luna.       

Poucos dias depois, a FTX ofereceu à plataforma de empréstimos uma linha de crédito rotativo de US$400 milhões mediante uma opção de compra da BlockFi pela exchange. O colapso da FTX em novembro finalmente forçou a plataforma de empréstimos a congelar saques e, eventualmente, levou a sua declaração de falência. 

Segundo uma página de respostas frequentes do site da BlockFi, a plataforma tinha “exposição substancial à FTX e entidades corporativas associadas como a Alameda, além de ativos custodiados na FTX.com, e saldos não sacados da linha de crédito diponibilizada pela FTX.US”.           

Antes da virada da segunda para a terça, os criptoativos já esboçaram uma recuperação. Na tarde da terça-feira, a recuperação ganhou força. Durante as 24 horas da terça-feira, o preço BTC avançou quase US$700.   

Na quarta-feira, os preços caíram antes de andar de lado até o final da tarde, quando uma leitura surpreendente do Consumer Price Index (português: índice de preços ao consumidor) saindo da zona do euro mostrou que a inflação do bloco perdeu força pela primeira vez em 17 meses. O CPI mostrou um avanço de 10% na base anualizada para o mês de novembro, que desacelerou ante o resultado de outubro (10,6%).        

A Europa continua enfrentando grandes desafios, o principal dos quais é uma guerra que tem exercido grande pressão sobre o preço dos combustíveis. Apesar das incertezas que ainda pairam sobre o continente, investidores interpretaram a queda na inflação como uma sinalização positiva que pode encurtar e amenizar o ciclo de altas do Banco Central Europeu (BCE).        

Algumas horas depois, os ativos digitais foram beneficiados por falas do presidente do Fed, Jerome Powell, que admitiu que “faz sentido moderar o ritmo das altas de juros à medida que nos aproximamos dos níveis suficientemente restritivos para conter a inflação” além de revelar que “tal moderação pode ocorrer já na reunião de dezembro.” O ETH atingiu o seu ponto alto semanal de US$1,301 logo após a participação de Powell no evento do Hutchins Center on Fiscal and Monetary Policy. 

Na quinta, novos dados de inflação—dessa vez saindo dos EUA— também apontaram para uma maior estabilidade dos preços. A leitura do Personal Consumption Expenditures Index (português: Preços para Gastos de Consumo Pessoal) registrou uma alta aquém da esperada na base mensal de 0,2% em outubro. Na base anualizada, o índice desacelerou de 5,2% em setembro para 5,0% em outubro. 

Apesar da manchete positiva, os preços dos ativos digitais se mantiveram estáveis na quinta-feira. Talvez os investidores já haviam precificado a melhoria no contexto macro após as falas dovish de Powell ou estavam reagindo à queda de novos pedidos de seguro desemprego, também dos EUA, que sinalizaram que os salários devem continuar pressionando a inflação dos EUA.    

Os preços de ativos digitais andaram de lado na sexta-feira e por boa parte do fim de semana. Na tarde do domingo, os preços retomaram a sua trajetória altista, levando o BTC a registrar a sua máxima semanal de US$17.263.     

 

Destaques da semana

 

Após uma série de dados de inflação positivos, investidores esperam que o FOMC anuncie uma alta de 50 bps daqui há duas semanas. Sendo assim, o calendário macro não deve trazer grandes desenvolvimentos. Além dos dados macroeconômicos, investidores continuarão a monitorar os impactos do colapso da FTX sobre o ecossistema de cripto.

 

Câmara dos Deputado aprova marco regulatório dos criptoativos 

 

A Câmara dos Deputados do Brasil aprovou, na última terça-feira, o projeto de lei 2303/2015, que visa estabelecer o marco regulatório dos criptoativos. O texto já tinha feito a sua passagem inicial pela Câmara, mas recebeu alterações no Senado que precisavam passar pelo crivo dos deputados novamente. O projeto agora segue para sanção presidencial. 

O principal intuito do projeto é combater o estelionato especializado em ativos virtuais, que agora estão sujeitos a pena entre 2 e 6 anos e multa. A segregação patrimonial, uma medida importante para resguardar valores custodiados em exchanges, foi retirada do projeto durante a sua votação na Câmara após a derrota de uma emenda de autoria do PSDB e Republicanos que visava introduzir a obrigação. 

Em entrevista concedida ao Valor, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) explicou que a segregação causaria “concentração de mercado porque será necessário o aumento de garantias''. 

As exchanges nacionais defenderam a necessidade da segregação, mas as corretoras internacionais atuaram contra a obrigação, alegando que a mesma impediria a prestação de alguns serviços como os empréstimos em criptomoedas. Segundo as entidades internacionais, um fundo garantidor, nos moldes do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), eliminaria tal necessidade.

 

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