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Carta Mensal Hashdex - Abril 2021

Cartas Mensais

Carta Mensal - Abril 2021

Uma breve análise dos componentes que influenciaram o desempenho dos nossos fundos em geral

A Carta Mensal da Hashdex desse mês traz como principais notícias:

  • Tema do mês: HASH11 O primeiro ETF de criptoativos do Brasil
  • Coinbase abre o capital
  • Goldman Sachs oferecerá criptoativos para clientes

Boa leitura!

 

 

FUNDOS DE INVESTIMENTOS HASHDEX

Confira a performance dos fundos da Hashdex e seus materiais de divulgação.

 

PERFORMANCE DO NCI (USD) YTD 124,1%

PERFORMANCE DO NCI EM ABRIL 5,9%

ABRIL: A HORA DAS ALTCOINS

O mês de abril começou morno, com o mercado andando de lado nos dez primeiros dias. Nos cinco dias seguintes, iniciou-se um movimento de alta que levou o NCI a sua máxima histórica de 3415.49, enquanto o Bitcoin chegou próximo dos 65 mil dólares. Nesse ponto, todos os demais constituintes do índice registraram forte valorização.

 

Após alguns dias operando acima dos 60 mil dólares, fortes quedas levaram o Bitcoin de volta abaixo dos 50 mil dólares. Diversos fatores foram apontados como causadores desse movimento: desligamento de moradores na China, sinalização de aumento de imposto sobre ganhos em cripto nos EUA e o banimento de cripto na Turquia. Esse movimento impactou também os demais criptoativos. Nos últimos cinco dias do mês, entretanto, houve uma boa recuperação, com o Bitcoin subindo mais de 14%, enquanto os demais constituintes do NCI subiram entre 17,7% e 26,8%.

 

Apesar da queda de 4,2% do Bitcoin, o NCI fechou o mês em alta de 5,9%, influenciado, principalmente pelo Ethereum, que subiu 46,5% no período. Todas as chamadas Altcoins do índice subiram mais do que 30% em abril, com destaque para o Bitcoin Cash, que rendeu mais de 85%. Abril foi um bom exemplo de como a diversificação entre os criptoativos pode ser benéfica para o investidor.

 

COINBASE ABRE O CAPITAL

A Coinbase é uma gigante do setor de criptoativos. Fundada em 2012, a empresa norte-americana presta diversos serviços relacionados a criptoativos globalmente, sendo a maior exchange em volume de operação nos EUA, atualmente. Entre seus sócios, há renomados fundos de Venture Capital, como Andreessen Horowitz. 

No dia 14 de abril, a companhia teve suas ações listadas para negociação na Nasdaq.

Ao contrário do que muitos veículos de imprensa reportaram, a listagem não foi um IPO e sim uma listagem direta. Apesar das semelhanças, as duas formas de listagem possuem algumas diferenças, entre elas, o fato de,nas listagens diretas serem vendidas somente as ações dos atuais acionistas, sem a emissão de novas ações para geração de caixa para a empresa. Detalhes à parte, a listagem foi um grande sucesso, atraindo o interesse de muitos investidores, com quase 30 bilhões de dólares negociados na estreia e com o preço indicando um valor de mercado superior aos 65 bilhões de dólares. A empresa tem sido negociada a mais de 180 vezes o seu lucro em 12 meses, o que reflete tanto seu crescimento passado como a expectativa de mais crescimento no futuro.

Essa listagem é histórica para o segmento de cripto, sendo a primeira empresa do setor no maior mercado do mundo.  Além disso, é mais uma demonstração de como a linha divisória entre as classes de ativos tradicionais e criptoativos está cada vez mais tênue. O grande interesse dos investidores e o alto múltiplo implícito no preço de mercado indicam que um futuro próspero para os criptoativos é vislumbrado.

A Coinbase é parceira da Hashdex, que utiliza seus serviços de trading e de custódia para investidores institucionais.

 

GOLDMAN SACHS OFERECERÁ CRIPTOATIVOS PARA CLIENTES

O Goldman Sachs revelou os planos para, no segundo semestre, oferecer a clientes de grande patrimônio acesso a uma ampla gama de produtos ligados a criptoativos. Segundo um memorando interno, a intenção é oferecer criptoativos spot, seus derivativos e veículos de investimento tradicionais atrelados, de modo a “atender aos interesses na classe de ativos digitais”. A informação foi divulgada duas semanas após um anúncio semelhante do Morgan Stanley.

 

A adesão de grandes bancos internacionais à classe dos criptoativos tem sido assunto recorrente nas nossas Cartas Mensais. Além de facilitarem o acesso dos clientes e consolidação em portfólios com ativos tradicionais, a entrada dessas instituições financeiras revela o interesse do público e a validação da tese de que uma pequena alocação em cripto é recomendável para a grande maioria dos perfis de investidores.

 

Tema do mês

HASH11: O primeiro ETF de criptoativos do Brasil

No último dia 26 de abril a Hashdex lançou para negociação na B3 o primeiro Exchange-traded Fund (ETF) de criptoativos do Brasil. O Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice (ticker HASH11) é também o primeiro ETF de uma cesta diversificada de ativos digitais a ser negociado no mundo. Com apenas uma semana de negociação, o HASH11 já atingiu marcas de destaque. Ele teve a adesão de dezenas de milhares de investidores individuais e vários investidores institucionais. O HASH11 captou mais de 880 milhões de reais e, em sua primeira semana, obteve o terceiro maior volume negociado dentre os ETFs da B3. Ao nosso ver, o lançamento do HASH11 é um marco no ecossistema de criptoativos global, assim como na indústria de investimentos brasileira.

 

O HASH11 solidifica a posição do mercado de capitais brasileiro como um dos vanguardistas nessa nova classe de ativos, que continua sendo cada vez mais adotada pelos maiores atores dos mercados financeiros mundiais, como os casos recentes de Goldman Sachs e Blackrock. Com o HASH11, a Hashdex se tornará uma das gestoras a contribuir ativamente para o progresso, no Brasil, da tendência mundial em torno de investimentos passivos. Finalmente e mais importantemente, o lançamento do nosso ETF trará a todo o espectro de investidores, dos pequenos poupadores às grandes e sofisticadas instituições financeiras, um produto de altíssima qualidade, que irá melhor atender às necessidades específicas de cada um deles.

A Hashdex nasceu com o propósito de construir uma ponte entre os mercados financeiros globais e o mercado de criptoativos. Em nosso "sonho grande", essa ponte em muito contribuirá para a nossa missão dupla de (i) alimentar o desenvolvimento das tecnologias de blockchain e de outros tipos de registro distribuído e (ii) prover a todos os investidores um acesso de qualidade a esta nova e importante classe de ativos. No centro de nossa visão sempre esteve uma estratégia de investimento passiva e diversificada, que desse aos investidores uma exposição ampla à tecnologia Blockchain. Exatamente por isso, trabalhamos desde o dia 1 de nossa empresa para o lançamento deste ETF.

Nosso primeiro produto propriamente dito foi um índice, o Hashdex Digital Assets Index (HDAI), desenhado para servir como uma referência de preços ampla do mercado de criptoativos e para possibilitar a criação dos produtos de investimento que planejávamos trazer ao mercado. O HDAI foi seguido pela família de fundos abertos, no exterior e no Brasil, que forneciam aos investidores exposição aos ativos do índice. Nossos fundos da família HDAI permitiram que milhares de investidores ganhassem exposição aos criptoativos por meio de fundos passivos de altíssima qualidade, enquanto nós na Hashdex continuamos firmes em nosso objetivo de construir e lançar um ETF.

Em setembro de 2020 demos um importante passo ao listar, em Bermuda, um ETF que possibilitasse outros ETFs no Brasil e em outras jurisdições. O HDAI evoluiu em um novo índice e, em fevereiro último, a Nasdaq lançou o Nasdaq Crypto Index (NCI), um índice co-desenvolvido pela Hashdex e pela empresa americana. Com o lançamento do NCI e do ETF em Bermuda, passamos a trabalhar com a CVM, com a B3 e com nossos parceiros para finalmente lançar um ETF de criptoativos no Brasil. ETFs são amplamente reconhecidos como o "Santo Graal" dos investimentos passivos. Eles concretizam, como nenhum outro produto, nosso propósito de construir a ponte entre os mercados tradicionais e os criptoativos.

ETFs são produtos simples, flexíveis e eficientes em custos. Eles são capazes de encapsular estratégias elaboradas (e.g. uma cesta que replica o S&P500 ou o Nasdaq 100) e produtos de difícil acesso (e.g. o Ouro, com seus altos custos de armazenamento e transporte). Com ETFs, comprar e vender estes produtos se torna tão simples quanto negociar uma ação na bolsa. A mecânica dos ETFs, na qual investidores negociam predominantemente as cotas do veículo, ao invés de transacionar os ativos subjacentes, diminui em muito os custos de transação e possibilita uma enorme economia de escala (i.e. quanto maiores e mais líquidos forem os produtos, menores serão os custos). Finalmente, além de simples e baratos, ETFs são flexíveis. Eles podem ser negociados continuamente, permitindo que investidores entrem e saiam de suas posições em qualquer momento durante pregões. Como ações, eles podem ser vendidos a descoberto (short-selling). Obviamente, eles também podem ser carregados em carteira por longos períodos, servindo para a composição de carteiras de longo prazo.

Por causa das características acima, ETFs como o HASH11 vêm há décadas revolucionando a indústria financeira, tanto para os investidores institucionais quanto para os individuais. Gestores de fundos e especuladores valorizam enormemente a flexibilidade aliada aos baixos custos. Compras e vendas intra-day e short-selling de ETFs são atividades muito praticadas para arbitragem e para proteção de riscos (hedging). A pletora de ativos e estratégias encapsuladas em ETFs permite às instituições a construção de carteiras diversificadas e sofisticadas de forma relativamente simples. No entanto, é possivelmente para o investidor comum que os ETFs vêm causando a maior revolução.

Por anos houve uma enorme diferença entre o que era possível para investidores institucionais e o que estava disponível para indivíduos e famílias. Por exemplo, seria impensável para um investidor individual brasileiro replicar a cesta de ações do índice Ibovespa aos custos baixos e com a eficiência fiscal que os institucionais atingem. Se replicar o Ibovespa já era difícil, o que se diria de estratégias mais exóticas, tais como o mercado de ações chinês ou as empresas de tecnologia dos EUA. Estas, agora, por serem encapsuladas na simplicidade dos ETFs, são facilmente "importadas" por gestores que se valem das legislações locais que vêm se modernizando. Para o investidor comum em todo o globo, os ETFs estão abrindo o leque de possibilidades de forma sem precedentes.

Interessantemente, o Brasil tem sido um retardatário nesta evolução do mercado de investimentos por meio de ETFs. Em artigo publicado recentemente no jornal Valor Econômico, nosso Gestor de Carteiras, João Marco Braga da Cunha, discorreu sobre o assunto. Em seu texto ele argumenta que, embora idiossincrasias brasileiras (tais como juros altos) tenham atrasado o crescimento dos ETFs, em diversos aspectos as condições atuais apontam para a proliferação de produtos passivos listados em bolsa. Com esse pano de fundo no Brasil, em que os ETFs, apesar de incipientes, progridem rapidamente, enxergamos que a iniciativa que idealizamos há três anos contribuirá além do tema puro dos criptoativos. De certa forma, estaremos contribuindo para a indústria de investimentos brasileira como um todo.

Com o lançamento do HASH11, o Brasil se junta a um seletíssimo grupo de jurisdições que possuem produtos de criptoativos listados em bolsa. ETFs propriamente ditos, por enquanto, existem somente no Canadá, país que recentemente liberou a listagem de ETFs de Bitcoin. Países como Suíça, Suécia e Alemanha, possuem outros tipos de produtos que, apesar de não serem ETFs estritamente, são listados em bolsa e fornecem exposição a criptoativos (nossa carta de setembro de 2020 cobriu o tema em mais detalhes). Neste grupo de países, que além de desenvolvidos, possuem bolsas de valores modernas e mercados de capitais sofisticados, adentrarão a B3 e o Brasil, com o lançamento do HASH11. Fazer parte deste progresso nos traz um enorme orgulho para a Hashdex.

 

DESTAQUES HASHDEX

Hashdex no “Grande Debate” da CNN

Segunda-feira, 05/04, nosso Sócio e Diretor de Distribuição, Stefano Sergole, esteve no programa da CNN “O Grande Debate Investimentos”para debater sobre os criptoativos. Assista ao episódio.

 

Hashdex participa da Cerimônia de Toque de Sino na B3

Dia 26/04/2021 foi a estreia do HASH11, o primeiro ETF de criptoativos da Bolsa de Valores brasileira, a B3. Para comemorar, foi realizada a cerimônia de Toque de Sino, no dia 27/04/2021, onde o CEO da gestora Hashdex, responsável pelo produto, discursou, enfatizando a importância do fundo e agradecendo a investidores e parceiros. Assista aos melhores momentos da cerimônia.

 

Hashdex participa da Bell Ringing Ceremony na Nasdaq

No dia 26/04/2021, a Nasdaq realizou a Bell Ring Ceremony para comemorar o lançamento do HASH11, o primeiro ETF de criptoativos do Brasil, na B3. A cerimônia ocorreu ao vivo e contou com o discurso do Co-fundador e CEO da Hashdex, Marcelo Sampaio. Assista aos melhores momentos da cerimônia

 

 

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