Hero's Image

Carta Mensal Hashdex - Novembro 2021

Cartas Mensais

A Carta Mensal da Hashdex desse mês traz como principais notícias:

  • NFT eleita a palavra do ano
  • Grandes empresas entram na corrida pelo Metaverso
  • Desfecho do Caso Mt. Gox: Quem Realmente Saiu Perdendo?

 

FUNDOS DE INVESTIMENTOS HASHDEX

 

PERFORMANCE DO NCI (USD) YTD 156,7%

 

 

PERFORMANCE DO NCI EM NOVEMBRO -0,46%

 

 

NOVEMBRO: NCI ACIMA DOS 4.000 PELA PRIMEIRA VEZ

 

Depois de uma grande onda impulsionada pela aprovação do ETF de futuros em outubro, o mercado de cripto estava otimista durante o primeiro terço de novembro, apesar da falta de notícias relevantes apoiando a tendência de alta. Até o dia 8, o NCI fechou acima de 4.000 pontos pela primeira vez, aproximando-se de 10% de retorno no mês até a data atual. No dia seguinte, o Bitcoin renovou seu recorde histórico, chegando perto de US $69.000. Uma das principais teses defendidas durante esse mercado em alta associava a alta demanda por Bitcoin ao medo de uma inflação iminente.

 

Após alcançar esses novos recordes, o mercado perdeu força e a tendência se inverteu. Uma semana depois, todos os componentes do NCI apresentavam retornos negativos no mês até a data, exceto para Litecoin. O Bitcoin estava sendo negociado abaixo de US $60.000 e o NCI estava pairando em torno de 3.700 pontos. Rumores em torno de uma nova variante COVID chegaram aos mercados tradicionais no dia 26 e também arrastaram o NCI para perto de 3.400 pontos. Conforme novas informações sobre a variante Omicron foram divulgadas, o mercado de cripto recuperou seu nível anterior.

 

 

O NCI fechou novembro em 3.720,13 pontos, o que significou uma pequena rentabilidade negativa de -0,46%. Considerando que o índice iniciou nos 1000 pontos em 1º de dezembro de 2020, a rentabilidade total no primeiro ano foi de 272%. O constituinte com melhor desempenho em novembro foi Litecoin (10,2%), seguido pelo Ethereum (9,6%). Todos os outros constituintes tiveram retornos negativos. Até agora, o NCI mostra 156,7% de retorno em 2021.

 

NOTÍCIAS RELEVANTES: 

 

NFT É ELEITA A PALAVRA DO ANO

A equipe do ilustre dicionário Collins escolheu “NFT” como a palavra do ano de 2021. O termo é uma abreviação de “Non-Fungible Token” (criptoativo não-fungível) e, pela definição do próprio dicionário, se refere a um "certificado digital exclusivo, registrado em um blockchain, que é usado para registrar a propriedade de um ativo, como uma obra de arte ou um colecionável”.

Esse fato demonstra a relevância e o crescimento que o mercado de criptoativos tem conquistado. A ideia de uma revolução digital é tão nítida que também é capturada por outros termos que compõem o top 10 do dicionário, como: "crypto", abreviação de criptomoeda e "metaverse", referente a um mundo virtual interativo.

O uso da palavra “NFT” aumentou 11.000% desde o ano passado, segundo Collins, superando até mesmo outras palavras candidatas que refletem a pandemia do coronavírus em andamento, como "double-vaxxed" e "trabalho híbrido".

 

GRANDES EMPRESAS ENTRAM NA CORRIDA PELO METAVERSO

Dias depois do anúncio de que o Facebook agora se chama Meta, os irmãos Winklevoss - antigos sócios de Mark Zuckerberg e fundadores da Gemini, uma plataforma de investimento em cripto - captaram US$400 milhões para desenvolver um metaverso com “tecnologia que protege os direitos e a dignidade dos indivíduos”, segundo Cameron Winklevoss.

Outros eventos marcaram esse mercado nas últimas semanas: compras milionárias de terrenos virtuais nos metaversos descentralizados Decentraland e Axie Infinity; e a divulgação de outras iniciativas de destaque no setor por empresas como Microsoft, Nike, Samsung e Adidas. No mercado cripto, essa onda de interesse levou à disparada de preço de alguns criptoativos relacionados ao metaverso, em especial MANA, GALA e SAND.

 

DESFECHO DO CASO MT.GOX: QUEM SAIU PERDENDO?

Em fevereiro de 2014, primórdios do Bitcoin, a japonesa Mt. Gox, maior exchange de cripto do mundo, colapsou devido, principalmente, a um hackeamento. Na ocasião, cerca de 850 mil bitcoins foram roubados, cerca de 85% do total sob custódia da empresa. Somente nessa semana, o acordo de compensação entre o espólio da exchange e os mais de 20 mil clientes (agora credores) foi votado e aprovado por ampla maioria. Segundo informações divulgadas na imprensa, cada credor receberá cerca de US$ 6550 por bitcoin perdido.

 

Ocorre que o Bitcoin teve uma valorização tão grande desde 2014 que, mesmo aqueles que investiram por ela às vésperas do colapso da Mt. Gox e perderam mais de 80% dos bitcoins adquiridos fizeram bons investimentos quando comparados à alternativa de investirem nas classes de ativos tradicionais. Por exemplo, um investidor que tivesse aplicado US$ 1000 no dia 31 de janeiro de 2014 teria comprado cerca de 1,2453 bitcoins e, pelo acordo, receberia cerca de US$ 8160. Se, na mesma data, ele tivesse investido o mesmo montante no S&P 500 (principal índice da bolsa nos EUA) teria hoje menos de um terço desse valor, cerca de US$ 2630.

 

 

Apesar da boa performance histórica do Bitcoin que pode, eventualmente, compensar perdas por falhas na segurança, é preferível não passar por esse tipo de situação. Por isso, a Hashdex mantém seus criptoativos a salvo com as melhores soluções de custódia institucional, para as quais nunca houve casos de hackeamento, e pratica os mais criteriosos procedimentos de segurança. É melhor prevenir do que remediar.

 

Tema do mês

 

DeFi: Finanças descentralizadas

Finanças Descentralizadas (DeFi) é mais do que um segmento de cripto com histórico de retornos impressionantes. Esse mercado, caracterizado pela aplicação de blockchain a produtos financeiros, como empréstimos, seguros e investimentos, também tem um importante potencial de impacto social: pode permitir a um grande contingente da população mundial o acesso a produtos financeiros sofisticados, globais e diversificados, com custos reduzidos.

 

O papel de DeFi na inclusão financeira

A segurança, descentralização e transparência da tecnologia blockchain permitem a criação de produtos financeiros mais eficientes e acessíveis. Assim, torna-se possível propor soluções para desafios do mundo real enfrentados por milhões de pessoas em todo o mundo, como altas taxas, pouca transparência e acesso restrito.

DeFi também promove a inclusão ao permitir que os usuários interajam com um ecossistema global. Em vez de apenas acessar crédito, seguros e investimentos em seu próprio país, qualquer usuário pode demandar esses produtos no exterior - aumentando a variedade de opções disponíveis e a competição em cada nicho financeiro.

 

O papel de DeFi em cripto 

No que se refere ao ecossistema de cripto, DeFi é um setor fundamental que permite aos usuários negociar criptoativos, comprar diferentes instrumentos financeiros e alocar sua riqueza de forma integrada.

As exchanges descentralizadas (DExes) ilustram o papel central de DeFi: os usuários acessam esses mercados para adquirir os tokens de protocolo necessários para interagir com aplicativos específicos; para bloquear seus tokens em pools de liquidez e outros produtos financeiros; e para adicionar ao seu portfólio os criptoativos mais promissores, como moedas, tokens de plataforma, NFTs e ativos do mundo real tokenizados.

Isso explica por que as DExes sozinhas movimentaram uma média de cerca de US$80 bilhões por mês, enquanto DeFi é responsável por 41% dos usuários ativos diários de DApps (DAppRadar).

 

Validação por agentes financeiros tradicionais

Além de toda adoção no varejo, as vantagens de DeFi estão ficando mais claras a cada dia para os investidores institucionais. Nos últimos meses, vimos as primeiras interações relevantes de agentes financeiros tradicionais com DeFi:

Em setembro, o Société Générale, um dos maiores bancos da França, solicitou um empréstimo de US$ 20 milhões no protocolo MakerDAO usando títulos como garantia; mais recentemente, a plataforma Maple Finance ofereceu empréstimos sindicalizados para a Alameda Research, abrindo espaço para mais empréstimos sindicalizados em breve; um relatório da PWC mostrou que os fundos de hedge de cripto estão usando DExes, com o Uniswap sendo usado por 16% dos fundos respondentes.

 

Obstáculos a serem superados

Para que os protocolos DeFi promovam maior inclusão financeira, um obstáculo importante é a exclusão digital - uma limitação comum a todo o universo cripto, uma vez que é preciso ter acesso à internet para interagir com blockchains e seus protocolos. Já existem soluções sendo implementadas, como pagamentos em cripto via SMS, mas até agora o acesso a DeFi é restrito à porção da população mundial que já está conectada à internet.

Outra limitação é alcançar as massas: apesar da maior demanda por cripto nos mercados emergentes e do potencial para 'bancarizar os desbancarizados', o ecossistema DeFi ainda está sendo desenvolvido e usado principalmente por investidores de cripto experientes que desejam maximizar lucros e diversificar seus investimentos (Chainalysis) - o que pode ser explicado, ao menos em parte, pela experiência de usuário ainda pouco acessível para o público amplo.

Também destacamos os custos de transação das blockchains: para realizar cada operação, os usuários pagam taxas que podem variar em função da demanda pela rede. As taxas médias de transação no Ethereum, plataforma líder para aplicativos DeFi, tiveram forte alta nos últimos meses, tendo chegado a mais de US$60 por transação (BitInfo).

Essas taxas proibitivas podem ser evitadas usando soluções de escalabilidade como Polygon ou com blockchains alternativos, como Solana e Binance Smart Chain, mas com os ônus de fragmentar a comunidade, adicionar fricções para os usuários e aumentar o risco envolvido, uma vez que essas plataformas ainda não foram testadas tão extensivamente quanto o Ethereum.

Finalmente, o ecossistema enfrenta os desafios de regulação. Embora todas as verticais de cripto sofram com a incerteza do cenário regulatório global, DeFi provavelmente será um alvo central, uma vez que os riscos desse segmento ainda são amplamente desconhecidos - especialmente por investidores e usuários do varejo.

 

Conclusão

Os obstáculos são numerosos, mas também o são os fatores que contribuem para o fortalecimento de DeFi em tecnologia e adoção. Destacamos o potencial da inclusão financeira como uma das forças que impulsionam o interesse de novos usuários e a motivação dos desenvolvedores. Com o tempo, espera-se que a validação dos protocolos DeFi mais robustos traga maior confiança para investidores e potenciais usuários, abrindo espaço para que o grande público aproveite o avanço tecnológico desse ecossistema.

 

DESTAQUES DA HASHDEX

 

Hashdex alcança US$1 bi sob gestão e é parabenizada pela Nasdaq

A Nasdaq, principal bolsa de ações de tecnologia dos EUA, parabenizou a parceira Hashdex em seu painel na Times Square pela marca de US$1 bilhão sob gestão. As empresas co-desenvolveram o Nasdaq Crypto Index, um índice de referência para o mercado cripto.

 

Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, concede entrevista ao Estadão "investidor brasileiro é muito bem servido de criptoativos"

Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, concedeu uma entrevista ao Estadão comentando sobre o lançamento do primeiro ETF de Bitcoin nos EUA, o relativo avanço regulatório do Brasil nesse setor e o sucesso da Hashdex como gestora por trás do maior ETF de cripto do país.

 

Logo B3
Logo Anbima