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Carta Mensal Hashdex - Outubro 2021

Cartas Mensais

A Carta Mensal da Hashdex desse mês traz como principais notícias:

  • ETF nos EUA impulsiona o mercado de cripto
  • Hashdex neutraliza sua pegada de carbono e é destaque no Forbes Radar.

 

Boa leitura!

 

FUNDOS DE INVESTIMENTOS HASHDEX

 

Confira a performance dos fundos da Hashdex 

 

 

PERFORMANCE DO NCI (USD) YTD 157,9%

 

PERFORMANCE DO NCI EM OUTUBRO 37,9%

 

OUTUBRO: ETF NOS EUA IMPULSIONA MERCADO DE CRIPTO

 

No dia 29 de setembro, o presidente da SEC, Gary Gensler, voltou a dar declarações bastante favoráveis à possibilidade dos primeiros ETFs de criptoativos nos EUA, baseados em futuros negociados na CME. Essas declarações animaram o mercado de criptoativos e deram a tônica do mês de outubro. O NCI subiu com bastante velocidade e consistência à medida que os rumores de que os pedidos protocolados para esse tipo de ETF não seriam rejeitados foram ganhando força. O Bitcoin puxou o movimento, deixando os demais constituintes para trás. O ETF foi, de fato, aprovado e, no dia 20, segundo dia de negociação, o Bitcoin superou a máxima histórica de abril, chegando próximo dos 67 mil dólares, acumulando uma alta de  mais de 50% no mês, contra 45% do NCI.

 

 

No terço final do mês, o Bitcoin perdeu o protagonismo e teve a pior performance entre os constituintes do NCI. Ainda assim, manteve-se acima dos 60 mil dólares. O destaque foi o Ethereum que seguiu em alta e, no dia 29, também superou a sua máxima histórica, passando dos 4400 dólares. No total do mês, o NCI subiu 37,9%, abaixo do Ethereum (39,8%) e do Bitcoin (38,2%). Todos os constituintes fecharam outubro com ganhos. No ano, o índice acumula alta de 157,9%. Os investidores no Brasil beneficiaram-se, ainda, da valorização de mais de 3% do Dólar frente ao Real em outubro. 

 

NOTÍCIAS RELEVANTES: 

 

ESTADOS UNIDOS SUBSTITUI CHINA COMO MAIOR PAÍS MINERADOR DE BITCOIN

 

 

Os dados mais recentes compilados pelo Cambridge Center for Alternative Finance (CCAF) sugerem que os Estados Unidos substituíram a China como o país com a maior fatia de hash power do Bitcoin. O CCAF estima que os EUA sejam responsáveis,atualmente, ​​por 35,4% da atividade de mineração

 

O mapa de mineração do CCAF em agosto mostra que as empresas de mineração de Bitcoin nos EUA tiveram um total de 42,7 exahashes por segundo (EH / s) de taxa de hash, seguidas pelo Cazaquistão, Rússia e Canadá. Isso se deve ao fato de as mineradoras comprarem grandes volumes de novos equipamentos e expandirem suas operações - à luz da oportunidade apresentada pela repressão da China à mineração e da recente alta do preço do bitcoin.

 

Mas os EUA não são os únicos vencedores após a repressão da mineração na China. A taxa de hash alimentada por empresas de mineração no Cazaquistão também dobrou desde o segundo trimestre para quase 22 EH / s em agosto, com uma participação de mercado de 18,1%. Após a repressão da China em maio, o Cazaquistão se tornou um dos principais destinos para os aqueles que consideraram realocar suas operações. As operações de mineração de Bitcoin na Rússia e no Canadá também competem de perto pelo terceiro lugar, com 11,2% e 9,6%, respectivamente.

 

BITCOIN EM UM NOVO ALL TIME HIGH

 

O Bitcoin renovou, em outubro,  a sua máxima histórica depois de um longo período de seis meses. Apenas para colocar as coisas em perspectiva, o índice Ibovespa demorou mais de nove anos para retomar a máxima atingida antes da crise do subprime em 2008, e o índice Dow Jones só voltou ao patamar de antes da crise de 29 nos anos cinquenta. O tempo no mercado de criptoativos é outro e, nesses seis meses, muita coisa mudou. 

 

No final de setembro, começaram a ganhar força as especulações sobre a aprovação de um ETF de Bitcoin nos EUA. Esses rumores foram alimentados por declarações do comandante da SEC, Gary Gensler. A viabilização dos ETF de criptoativos nos Estados Unidos tem sido ansiosamente aguardada pelo setor há muitos anos e a possibilidade da aprovação colocou o preço do Bitcoin e outros criptoativos em forte ascensão.

 

 

O primeiro ETF de futuros de Bitcoin foi aprovado e, no dia 19 de outubro, entrou em operação de forma nada menos que espetacular. No primeiro dia de negociação, mais de um bilhão de dólares foram negociados. No segundo dia, ele tornou-se o ETF mais rápido da história a atingir um bilhão de dólares investidos. Na mesma semana, o Bitcoin superou a máxima histórica, registrada em abril, chegando próximo aos 67 mil dólares. Pouco depois, um segundo ETF semelhante entrou em operação. Poucos dias de negociação foram suficientes para mostrar que havia uma fortíssima demanda reprimida por exposição a criptoativos.

 

Ou seja, o Bitcoin chega a essa nova máxima histórica com uma valiosíssima chancela do regulador do maior mercado de capitais do mundo, com sua infraestrutura mais espalhada geograficamente, sem as ameaças da influência de um bilionário ou do Partido Comunista chinês. É, portanto, uma situação sensivelmente melhor que a de abril.

 

ATUALIZAÇÃO ALTAIR : A PRÓXIMA IMPLANTAÇÃO COMPLETA DO ETHEREUM 2.0

 

 

No último dia 27, a comunidade do Ethereum assistiu a mais um capítulo da longa transição para o método de consenso Proof-of-Stake. O upgrade Altair, que dispõe principalmente sobre os incentivos dos validadores da rede, tem sido visto como um “aquecimento” para o Ethereum 2.0, já que é a primeira alteração a ser implementada desde o lançamento da Beacon Chain, no último mês de agosto. O lançamento foi bem sucedido, com adesão de 98,7% dos nós nas primeiras 24h. Uma novidade importante foi a introdução dos light clients, nós com menor exigência de recursos computacionais, permitindo que os usuários contribuam para o consenso da rede por meio de smartphones ou navegadores de internet. Também se ampliaram as punições (slashing) para validadores que cometem infrações no processo de validação, bem como para aqueles que permanecem longos períodos desconectados da rede. Incentiva-se, assim, uma participação contínua e consistente, aprimorando, portanto, a segurança da plataforma. Com o sucesso da transição e o feedback dos validadores, a Ethereum Foundation tem importantes validações para avançar na implementação do Ethereum 2.0. A alteração final, conhecida como “The Merge”, é esperada para meados de 2022 e irá desativar os mecanismos de Proof-of-Work da plataforma, reduzindo enormemente a demanda por recursos computacionais necessários para se contribuir com o consenso da rede.

 

Tema do mês

 

ETFs de Futuros de Bitcoin nos EUA

No último dia 19, a Hashdex divulgou uma carta na qual repercutia a aprovação do primeiro ETF de Bitcoin nos Estados Unidos, o ProShares Bitcoin Strategy ETF, negociado com o ticker BITO, que fazia sua estreia naquela data. Conforme explicamos na carta, não se trata de um ETF que investe diretamente em Bitcoin mas sim através dos futuros negociados na CME (sigla em inglês para Bolsa de Mercadorias de Chicago), mas, ainda assim, tratava-se de uma importante validação de cripto como classe de ativos. 

 

O primeiro dia de negociação fez jus à ansiedade com a qual a comunidade de criptoativos o aguardava. O BITO registrou um volume negociado de 1,01 bilhões de dólares, o segundo maior entre todos os ETFs estreantes dos EUA, atrás, somente, do BlackRock U.S. Carbon Transition Readiness ETF, que começou no dia 4 de junho, com 1,16 bilhões. Apenas como referência, o recorde de volume transacionado em um dia, não necessariamente de estreia, aqui no Brasil foi de 575 milhões de dólares, registrado pelo BOVA11 em abril de 2020. 

 

 

Além disso, no dia inaugural, o BITO atingiu cerca de 570 milhões de dólares em ativos sob gestão, novamente, o segundo melhor resultado da história dos ETFs, atrás do VanEck Oil Services ETF. Na ocasião, tornou-se, também, o quarto ETF de criptoativos do mundo a superar meio bilhão sob gestão, ao lado do HASH11, brasileiro, e de dois ETFs de Bitcoin (spot) listados no Canadá.

 

No dia 20, enquanto o Bitcoin renovava sua máxima histórica, o BITO também quebrava um recorde. Lançado em novembro de 2004, o SPDR Gold Shares ETF atingiu a marca de um bilhão sob gestão em apenas três dias. O BITO atingiu essa marca no seu segundo dia e, nessa data, também registrou o maior volume diário negociado em ETF de cripto até hoje, com quase 1,3 bilhões de dólares.

 

Um novo ETF semelhante foi lançado no dia 24. O Valkyrie Bitcoin Strategy ETF, com o ticker BTF, não deslanchou em termos de volume negociado ou ativo sob gestão. Além disso, a SEC autorizou a VanEck a lançar o seu ETFs, sob o ticker XBTF e com taxa de administração de 0,65% ao ano, contra 0,95% dos dois primeiros. Ao que tudo indica, haverá outros concorrentes nesse mercado, como a BlockFi, e é possível que haja uma guerra de taxas.

 

Como era de se esperar, o lançamento dos ETFs mexeu com o mercado de futuros. O número médio de contratos negociados nos três primeiros dias dos ETFs foi mais que o dobro da média dos dias anteriores de outubro. Uma questão abordada na carta do dia 19 foi relativa à diferença entre os ETFs de futuros e os de spot (como os que existem no Brasil e no Canadá). Um dos pontos de atenção levantados concerne ao chamado custo de carrego dos futuros de Bitcoin que, historicamente, é alto, normalmente próximo dos 8% ao ano, o que torna a alternativa dos futuros menos rentável. Durante os primeiros dias de negociação do BITO, houve momentos nos quais esse custo aumentou, passando dos 15%. Na primeira semana, o ETF fechou com rentabilidade 1,31% abaixo do Bitcoin spot. Mais para o final do mês, entretanto, o custo de carrego voltou a patamares mais normais, assim como o volume negociado de contratos futuros na CME. 

 

Até o final de outubro, os ETFs de futuros de Bitcoin somavam 1,28 bilhões dólares sob gestão e movimentaram um total de 5,16 bilhões negociados. Todos esses acontecimentos em um período tão curto dão a noção da dimensão do mercado de capitais nos EUA e da importância de um endosso de seu regulador. Trata-se, apenas, de um primeiro passo, porém extremamente relevante e simbólico.

 


Ainda segue a expectativa da aprovação dos ETFs “puro sangue” spot, incluindo os multiativos. É possível que os ETFs de futuros aumentem a relevância da CME na formação de preço do Bitcoin e deixe a SEC confortável para aprová-los. Outra possibilidade é que a diferença de performance entre o Bitcoin spot e os ETFs de futuros seja grande o bastante para deixar a SEC tão desconfortável que prefira aprovar os ETFs spot. Seja por conforto ou desconforto, é provável que tenhamos novidades em um futuro não muito distante.

 

Destaques Hashdex

 

Hashdex neutraliza sua pegada de carbono e é destaque no Forbes Radar.

 

Hashdex neutraliza sua pegada de carbono e é destaque no Forbes Radar. É com muita alegria e orgulho que anunciamos, hoje, um novo passo rumo a um planeta melhor e mais sustentável: a neutralidade em dióxido de carbono. Para tal, foram adquiridas 243 toneladas em créditos de CO2 com o objetivo de zerar quaisquer emissões desde a nossa fundação em 2018.

Essa não é a primeira iniciativa sustentável da Hashdex. Em julho deste ano lançamos o BITH11, primeiro ETF da B3 que investe em bitcoin de maneira sustentável, criando um dos poucos produtos de cripto no mundo com essa política.

Nosso objetivo é influenciar outras gestoras a fazerem o mesmo, as novas gerações estão muito mais preocupadas com investimentos com pegada sustentável e há uma inegável demanda para esse mercado. A Hashdex acredita em cripto como um investimento para o longo prazo e, nesse sentido, seria impossível não pensar sobre a importância de iniciativas sustentáveis.

Invista consciente, invista Hashdex.

 

Não é campanha, é notícia

bom jornalista não perde a notícia. O bom investidor vê a oportunidade antes de virar notícia.
A pauta da vez são os criptoativos, e quem melhor do que Pedro Bial para contar essa história?

Clique aqui para assistir ao vídeo

 

Sinal aberto para o Bitcoin, leia o artigo do nosso Gestor de Portfólio para o Valor Econômico

O "Palavra do Gestor" publicado pelo Valor Econômico contou com a opinião do nosso Portfolio Manager, João Marco Braga da Cunha. O artigo traz como tema principal o bitcoin, mais especificamente a sobre a nova máxima histórica do ativo, traçando um paralelo entre o cenário atual e o da máxima anterior, há seis meses, e os principais acontecimentos do período: as restrições chinesas à mineração, as polêmicas declarações de Elon Musk, a aprovação do primeiro ETF de futuros de Bitcoin dos Estados Unidos . "O Bitcoin chega a essa nova máxima histórica com uma valiosíssima chancela do regulador do maior mercado de capitais do mundo, com sua infraestrutura mais espalhada geograficamente, sem as ameaças da influência de um bilionário ou do Partido Comunista chinês. É, portanto, uma situação sensivelmente melhor que a de abril. O sinal está aberto e, de volta aos versos de “Sinal Fechado”, é como se o Bitcoin pudesse dizer: “Tudo bem eu vou indo correndo pegar meu lugar no futuro, e você?”

 

 

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