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Carta Mensal Hashdex - Setembro 2020

Cartas Mensais

Carta Mensal

Setembro 2020

Caros investidores, 

 

A Carta Mensal da Hashdex deste mês traz como principais notícias:

  • Mercado de cripto no terreno negativo

  • Novos avanços em moedas digitais emitidas por bancos centrais

  • Exchanges: Kraken aprovada como banco e KuCoin hackeada

  • Tema do mês: Hashdex recebe aprovação para listar o primeiro ETF de Cripto do mundo

 

 Boa leitura!

 

FUNDOS DE INVESTIMENTOS HASHDEX

 

Confira a performance dos fundos da Hashdex:

 

 

PERFORMANCE DO HDAI (USD) YTD 57,9% 

 

 

PERFORMANCE DO HDAI EM SETEMBRO -11,3%

 

 

 

VOLATILIDADE DO HDAI % AO ANO | VOL média 58,6% | VOL corrente 37,9%

 

 

SETEMBRO: MERCADO DE CRIPTO EM TERRENO NEGATIVO

 

Setembro foi ruim para os preços dos criptoativos, com os ativos operando em baixa ao longo de praticamente todo o período. No início do mês, um movimento aparentemente vindo dos mercados tradicionais empurrou o HDAI e o Bitcoin para as mínimas do mês, com perdas de 16,1% e 12,6% respectivamente, enquanto o S&P 500 registrava uma queda próxima a 5%. Uma pequena recuperação se seguiu, desacoplada dos ativos de risco tradicionais, que só se recuperaram no terço final do mês. HDAI e Bitcoin terminam o mês com perdas de 11,3% e 8,3%, respectivamente, porém o índice permanece à frente no resultado acumulado de 2020, com uma margem de nove pontos percentuais.

 

O único componente do HDAI que registrou ganho no mês foi o Binance Coin. Durante o mês de setembro a Binance, exchange associada ao ativo, lançou duas importantes iniciativas: a Binance Smart Chain, uma blockchain de smart contracts que havia sido anunciada em abril e que utiliza a Binance Coin em sua governança, e o Binance Liquid Swap, um protocolo de market making automatizado. Ambos os projetos estão surfando na importante onda do Decentralized Finance (DeFi) e provavelmente contribuíram para este desempenho positivo da Binance Coin no mês. O destaque negativo foi o Chainlink que, depois de quadruplicar seu valor em poucos meses, devolveu parte dos ganhos.

 

No Brasil, os fundos da Hashdex tiveram as perdas minoradas por conta da valorização do dólar frente ao real de 2,5%. O Discovery caiu 2,3%, o Explorer 4,0% e o Voyager 8,8%. Nessa mesma ordem, as rentabilidades acumuladas no ano são de 19,6%, 40,9% e 107,7%.

 

NOVOS AVANÇOS EM MOEDAS DIGITAIS EMITIDAS POR BANCOS CENTRAIS

 

Durante o mês de setembro, fatos novos mantiveram em destaque as CBDCs, moedas digitais nacionais emitidas por bancos centrais. Logo no início do mês, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, declarou crer que, já em 2022, o Real Digital estará em circulação, coexistindo com as versões em notas e moedas. Seria um passo além na trajetória de digitalização já iniciada pelo Bacen que, em breve, lançará a plataforma de transferência e pagamentos digitais PIX. O Real Digital foi tema de um artigo do nosso Gestor de Portfólios em O Globo.

 

Na semana seguinte, Christine Lagarde, que preside o Banco Central europeu, disse que virá a público, em breve, a decisão sobre a adoção ou não de uma versão digital do Euro e que, “como muitos outros bancos centrais em todo o mundo, estamos explorando os benefícios, riscos e desafios operacionais de fazê-lo”. A introdução de uma moeda digital com a força do Euro pode ter forte impacto além dos limites da União Europeia, com potencial de mudar os paradigmas em transações internacionais.

 

Além disso, a MasterCard anunciou a criação de uma plataforma virtual customizada que possibilita aos bancos centrais testarem seus projetos de CBDCs. A plataforma simulará a interação das novas moedas com os meios de pagamento já existentes e as suas infraestruturas. Os responsáveis  pelo projeto acreditam que vêm uma aceleração das iniciativas de moedas digitais por parte dos bancos centrais e acreditam que a plataforma os ajudará a tomarem decisões a esse respeito.

 

Como já dissemos em edições anteriores da nossa Carta Mensal, apesar de serem uma tecnologia completamente diferente dos criptoativos, acreditamos que a disseminação das moedas digitais podem ajudar a quebrar barreiras comportamentais à adoção, ao tornar o grande público mais familiarizado a ter valores totalmente digitais.

 

EXCHANGES: KRAKEN APROVADA COMO BANCO E KUCOIN HACKEADA

 

No dia 16 de setembro, o comitê responsável pelo segmento bancário no estado do Wyoming aprovou o registro da exchange Kraken para operar como banco, mais precisamente uma instituição depositária de propósito especial, categoria não autorizada a dar empréstimos. Esse registro possibilitará o acesso à infraestrutura federal de pagamentos interbancários e a prestação de serviços bancários aos clientes, além de expandir o alcance da Kraken a novas jurisdições. Segundo o CEO David Kinitsky, os novos produtos e serviços oferecidos envolvendo criptoativos devem incluir custódia institucional e cartões de débito.

 

É interessante notar que, em julho, a entidade do Departamento do Tesouro dos E.U.A. responsável pela regulação e supervisão dos bancos com atuação nacional deu sinal verde para que os bancos ofereçam custódia de criptoativos para seus clientes. A Kraken, por sua vez, percorreu o caminho inverso, partindo do universo de criptoativos. A convergência entre serviços bancários e criptoativos segue avançando por diferentes trilhos.

 

Outra exchange, a KuCoin, uma das vinte maiores do mundo em volume negociado, foi vítima de um ataque de hackers. Os valores não foram confirmados, mas especula-se que um total de cerca de US$150 milhões foram subtraídos da exchange. Foi o terceiro maior roubo de criptoativos de exchanges já registrado e a KuCoin declarou que os clientes prejudicados serão ressarcidos. Vale ressaltar que as políticas da Hashdex minimizam o risco de perdas em um ataque dessa natureza uma vez que os criptoativos possuídos pelos fundos são armazenados em custodiantes que oferecem um nível de segurança muito maior que o das exchanges. Mais informações sobre segurança e custódia de criptoativos podem ser encontradas na live Hashdex.

 

 

DESTAQUES DA HASHDEX

 

HASHDEX É REFERÊNCIA EM RELATÓRIO DA CHAINALYSIS SOBRE CRIPTO NA AMÉRICA LATINA. 

A Chainalysis, empresa de  investigação de criptomoedas e soluções de conformidade para agências policiais, reguladores e empresas globais publicou nesta quinta-feira um relatório sobre a adoção de criptoativos na América Latina. Para a realização do relatório, a companhia utilizou a opinião de membros da Hashdex acerca do tema. Segundo especialistas do nosso time, o desejo por ativos potenciais de alto rendimento com retornos não correlacionados está impulsionando a adoção de criptomoedas entre investidores profissionais, como fundos de pensão e family offices.

 

GESTORA FORPUS CRIA O FUNDO FUNDO FORPUS MUILTIESTRATÉGIA FIM COM ALOCAÇÃO DE ATÉ 25% NO HDAIF

A gestora Forpus Capital lançou, no início de Setembro, seu fundo Forpus Multiestratégia FIM, que poderá ter até 25% de alocação em criptoativos, por meio da exposição aos veículos da Hashdex. 

A Forpus Capital tem como filosofia de investimento buscar retornos superiores ao Ibovespa ao longo do tempo, concentrando suas operações em ativos de alta liquidez. Para seguir entregando produtos diferenciados, a Forpus optou pelo investimento no mercado de cripto e para tal firmou parceria com a Hashdex.

“Acreditamos no potencial de cripto. Está ficando muito caro não ter exposição a esse ativo. Estávamos há um bom tempo procurando a melhor opção de exposição a esse mercado, quando encontramos o HDAI. Estamos contentes por poder firmar essa parceria”, afirmou Luiz Nunes, Sócio Fundador da Forpus Capital. Saiba mais sobre estratégia do fundo na Live com Luiz Nunes, Sócio Fundador da Gestora.

 

FUNDO VOYAGER COM 100% DE EXPOSIÇÃO A CRIPTO TEM APORTE INICIAL MÍNIMO REDUZIDO TEMPORARIAMENTE

 O Hashdex Criptoativos Voyager, fundo destinado a investidores profissionais, teve seu aporte inicial mínimo reduzido para R$10.000,00 pelo período de 16 de Setembro até 16 de Outubro de 2020. 

Esse movimento foi gerado a partir de inúmeros pedidos dos assessores de  investimento, que, apesar de se caracterizarem como investidores profissionais, tendo  acesso a  investir no fundo, não necessariamente podem alocar R$100.000,00 em criptoativos, como explicado na live com o Presidente da Abaai, Diego Ramiro. 

 

FERNANDO ULRICH É O PRIMEIRO CONVIDADO PARA O HASHDEX TALKS

Bitcoin: Reserva de valor, moeda, ouro digital, inovação tecnológica ou tudo isso? Foi o tema do bate papo com Fernando Ulrich, um dos pioneiros de investimento em cripto no Brasil e autor do livro Bitcoin: A moeda na era digital. Assista ao talk

 

TEMA DO MÊS:

HASHDEX RECEBE APROVAÇÃO PARA LISTAR O PRIMEIRO ETF DE CRIPTO DO MUNDO

 

Em 23 de setembro, nosso CEO Marcelo Sampaio anunciou a aprovação para listagem do Hashdex Nasdaq Crypto Index ETF na Bermuda Stock Exchange (BSX). O produto será o primeiro verdadeiro ETF de cripto do mundo e esse feito é motivo de enorme orgulho para todo nosso time. A missão da Hashdex é construir a ponte entre o mercado financeiro tradicional e o universo dos criptoativos, sendo o ETF o mais importante passo na construção dessa ligação. Ademais, ele solidifica a posição da Hashdex como um relevante ator global contribuindo para o progresso da indústria de cripto.

 

O tão aguardado ETF tem sido um dos principais temas no espaço de cripto desde, ao menos, Julho de 2013, quando o prospecto do Winklevoss Bitcoin Trust foi submetido à Securities and Exchange Commission (SEC) nos EUA. Desde então, várias empresas, tanto no país norte-americano, quanto em outros países, abriram iniciativas para trazer aos investidores produtos listados que entreguem exposição a criptoativos.

 

Mais notoriamente, os EUA têm sido a jurisdição de diversas iniciativas frustradas de lançamento de um ETF de Bitcoin e criptoativos em geral. Tanto gestoras com raízes em criptoativos, tais como Grayscale e Bitwise, quanto casas mais tradicionais de ETFs, como Van Eck e Direxion, submeteram à SEC nos últimos anos pedidos de listagem de ETFs de Bitcoin. Sem exceções, até o momento todas essas iniciativas falharam, seja por desistência dos emissores ou pela simples recusa dos pedidos por parte do regulador americano.

 

Muito se especula sobre os reais empecilhos acerca do lançamento de ETFs de criptoativos em solo americano. Oficialmente, ao longo dos anos, a SEC tem abordado com cada emissor questões técnicas realmente importantes no âmbito de ETFs: custódia segura, canais de arbitragem, precificação de ativos e potenciais vulnerabilidades para manipulação dos mercados. Ao longo desses mesmos anos, porém, a indústria de cripto tem feito enorme progresso em cada uma destas áreas. 

 

Custódia regulada de criptoativos é agora oferecida por diversos provedores, incluindo nomes de peso como Fidelity e Intercontinental Exchange (controladora da NYSE). A comunidade de market makers de criptoativos também expandiu significativamente, atraindo, inclusive, importantes participantes do mercado tradicional, tais como as empresas Jane Street e Flow Traders. Desde dezembro de 2017, com o lançamento dos contratos futuros de Bitcoin na CME, mercados regulados de derivativos têm se expandido continuamente. Atualmente, bolsas como CME, ErisX e a Intercontinental Exchange (por meio da subsidiária Bakkt), fornecem ao mercado contratos futuros e opções para que os market makers e os futuros authorized participants de ETFs possam arbitrar preços e mitigar riscos de forma eficiente.

 

Com todo esse progresso e com a continuada demora em se aprovar um ETF de criptoativos nos EUA, ficou claro um certo conservadorismo da SEC sobre o tema, capitaneada pelo atual presidente, Jay Clayton, apesar do apoio explícito ao setor por parte de outros membros da autarquia. No entanto, vale notar que a demora é também parte de um processo natural de amadurecimento de um novo mercado dentro da SEC, que já foi testemunhado no passado.

 

Diversos outros ETFs inovadores, tais como os de renda fixa, os alavancados, e os de fundos geridos ativamente, demoraram anos para serem aprovados. Além disso, é importante pontuar que, ao contrário dos entendimentos mais predominantes, os EUA não são sempre o mercado vanguardista de produtos financeiros. O próprio ETF de ouro, um produto lançado mais recentemente e de enorme popularidade, foi lançado na Austrália antes de ser aprovado pelos reguladores norte-americanos.

 

No que diz respeito a produtos listados de cripto, a Europa, em geral, e a Suíça em específico, têm se mostrado jurisdições significativamente mais avançadas. Em 2015, o Bitcoin Tracker One, lançado na Nasdaq Nordic na Suécia, tornou-se o primeiro produto listado de cripto no mundo. Há pouco tempo, investidores suíços ganharam, ainda, acesso a importantes produtos de cripto listados na SIX Swiss Stock Exchange, emitidos pela 21 Shares/Amun, uma gestora com raízes em cripto (que lançou produtos semelhantes na Alemanha e na Áustria), e pela WisdomTree, uma importante gestora de ETFs com sede nos EUA.

 

Esses produtos lançados na Europa, geralmente, tomam a forma de exchange-traded notes (ETNs) ou exchange-traded products (ETPs). Apesar de serem produtos listados, os ETNs e ETPs diferem dos mais tradicionais ETFs em aspectos importantes. Em essência, os ETNs e ETPs europeus são produtos de dívida listados. Tais dívidas, por sua vez, são colateralizadas por criptoativos, com a consequente promessa de acompanhar o valor de mercado dos criptoativos em si. Dentre outras limitações, os ETNs e ETPs não podem ser acessados por uma grande parcela de investidores institucionais, que frequentemente podem investir livremente em produtos de bolsa (como os ETFs), mas tem limitações para o investimento em produtos de dívida.

 

Neste contexto, conforme nosso CEO anunciou na semana passada, a Hashdex, em parceria com a Bermuda Stock Exchange, está trazendo para a indústria de cripto e para o mercado financeiro em geral uma inovação realmente sem precedentes no mundo. O Hashdex Nasdaq Crypto Index ETF será um produto listado em bolsa, acessível a investidores institucionais internacionais, e com negociação contínua ao longo dos pregões. O fundo seguirá um novo índice, que está sendo co-desenvolvido pela Hashdex e pela Nasdaq, uma das empresas mais importantes do mercado financeiro global. O Nasdaq Crypto Index será altamente inspirado no Hashdex Digital Assets Index e contará com a administração de um provedor do calibre da Nasdaq, com longa experiência no mercado de benchmarks financeiros.

 

A exemplo do reconhecido pioneirismo da Suíça no espaço de investimentos em criptoativos, Bermuda está dando um grande passo para, também, estabelecer-se como uma jurisdição na vanguarda do mercado de cripto. Nós calculamos que a listagem do Hashdex Nasdaq Crypto Index ETF em Bermuda vá exercer uma pressão saudável em diversas outras jurisdições, ajudando o mercado financeiro global a destravar, para seus investidores, o enorme potencial desta nova classe de ativos. Ser uma das forças motrizes por trás deste progresso é uma satisfação enorme para nossa empresa e nossos parceiros.

 

 

 

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