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Carta Mensal Hashdex - Setembro 2021

Cartas Mensais

A Carta Mensal da Hashdex desse mês traz como principais notícias:

  • Tema do mês- A Revolução das NFTs
  • Setembro: Queda em meio a novidades regulatórias
  • Retrocesso na regulação chinesa de cripto

 

Boa leitura!

 

 

FUNDOS DE INVESTIMENTOS HASHDEX

 

Confira a performance dos fundos da Hashdex e seus materiais de divulgação.

 

 

PERFORMANCE DO NCI (USD) YTD 87,1%

 

PERFORMANCE DO NCI EM SETEMBRO -8,7%

 

 

SETEMBRO: QUEDA EM MEIO A NOVIDADES REGULATÓRIAS

Após as altas de julho e agosto, o mercado de criptoativos abriu o mês de setembro mantendo essa tendência. Nos seis primeiros dias, o NCI acumulou alta de mais de 12%, com destaque para o Filecoin que, na ocasião, acumulava alta de mais de 40% após o anúncio de parcerias com Polygon (MATIC) e com projetos relacionados a NFTs. No dia 7, porém, uma forte pressão vendedora, que impactou mais fortemente os criptoativos de menor capitalização de mercado, fez com que o índice devolvesse os ganhos auferidos até então. Coincidentemente, na mesma data, El Salvador iniciou o uso do Bitcoin como moeda oficial. 

 

Após um período de relativa estabilidade, no dia 19 houve outra nove queda, de quase 10%, alimentada por rumores de que o governo Biden planejaria sanções. Cinco dias mais tarde, a China declarou ilegais todas as atividades relacionadas a criptoativos. Como a notícia já era, em boa medida, esperada, o impacto nos preços foi relativamente pequeno, com o NCI caindo 6,5%. Os dias seguintes tiveram baixa oscilação até que, no último dia do mês, Gary Gensler, presidente da SEC, reiterou seu apoio ao possível ETF de Futuros de Bitcoin, o que causou a maior alta do mês, com o NCI subindo 7%.

 

No fechamento do mês, o NCI teve queda de 8.7%, sendo superado apenas pelo Bitcoin, que caiu 7%. O segundo ativo com menor queda foi o Ethereum (-10,8%). Nos fundos locais, a queda foi amenizada pela valorização de 5,3% do dólar frente ao real.

 

 

NOTÍCIAS RELEVANTES: 

 

TWITTER ANUNCIA SISTEMA DE BONIFICAÇÃO EM BITCOIN A USUÁRIOS

 

No dia 23/09 o Twitter passou a permitir a bonificação entre usuários. Observando que muitos perfis já possuíam links para plataformas de pagamento em suas “bios”,  a rede social desenvolveu um sistema onde empreendedores, criadores de conteúdo e, até mesmo, causas sociais, pudessem arrecadar fundos através de “tips” (gorjetas). O pagamento poderá ser feito não só em moedas fiduciárias, mas também em bitcoin “Queremos que todos no Twitter tenham acesso a caminhos para serem remunerados. As moedas digitais incentivam mais pessoas a participarem da economia e ajudam indivíduos a enviar dinheiro através das fronteiras e com o mínimo de atrito possível.” afirmou uma porta-voz do Twitter.

 

Os pagamentos em bitcoin serão feitos através do aplicativo ‘Strike’, que utiliza a  Lightning Network.  A Lightning Network foi lançada em 2018 e é considerada por muitos a mais promissora solução para escalabilidade de pagamentos com bitcoins. Por um sistema nomeado “payment channels”unido com um tipo específico de contrato inteligente, dois usuários podem depositar bitcoins na Lightning Network e transacioná-los com velocidade e privacidade sem precedentes, a custos insignificantes. É interessante notar que, após o anúncio na última semana de setembro, a capacidade de transações da Lightning Network alcançou sua máxima histórica.

 

RETROCESSOS NA REGULAÇÃO CHINESA DE CRIPTO

No dia 23 de setembro a China anunciou novas restrições ao mercado de criptoativos, chacoalhando, mais uma vez,o preço dos ativos. O Public Bank of China (PBoC)  determinou que todos os serviços envolvendo trades de cripto, seja por moedas fiduciárias ou entre diferentes ativos digitais, seriam considerados atividades ilegais. Além disso, o aviso, co-assinado por agências judiciais, incluindo a Suprema Corte do Povo, a Suprema Procuradoria do Povo e o Ministério de Segurança Pública, especificou que oferecer serviços de comércio de derivativos de cripto seria uma atividade criminosa, mesmo para bolsas no exterior que tornam o serviço acessível a residentes chineses. Os funcionários de exchanges estrangeiras que vivem na China e que disponibilizarem o comércio de ativos digitais em território chinês também estarão sujeitos a processos legais.

 

Não obstante, a determinação do governo chinês é nada surpreendente. Desde 2013 cripto vem sofrendo diferentes sanções no país. E, não apenas cripto,  grandes inovações tecnológicas que conferem ao indivíduo maior liberdade, não são permitidas em território sínico. O Facebook, o Google e, até mesmo o Whatsapp são censurados, tendo uma versão nacional chinesa criada e controlada pelo Estado. Considerando que a Tecnologia Blockchain tem amplo potencial disruptivo com capacidade para transformar economias e sociedades, é esperado que um governo ditatorial impeça a tecnologia de operar no país. Apesar de o valor dessas tecnologias de rede estar relacionado ao número de usuários, a restrição  para mais de 1 bilhão de pessoas pode ter um impacto negativo. O histórico tanto de cripto quanto de outras tecnologias banidas anteriormente, entretanto, mostra que tal impacto não tem sido suficiente para evitar grandes valorizações nos períodos posteriores.

Vale lembrar que no mês de maio o país asiático publicou um relatório reiterando que  bancos e plataformas de pagamentos não poderiam oferecer serviços relacionados a cripto para seus clientes. Logo depois, um novo comunicado foi ainda mais incisivo, indicando que o governo paralisaria as atividades de mineração. Na época, a preocupação era de que as restrições à mineração impactariam não apenas o preço, mas também a segurança da rede do bitcoin. O ecossistema, porém, reorganizou-se e, em agosto, as maiores empresas de mineração de bitcoin listadas nos EUA bateram recorde, minerando coletivamente mais de 10.500 BTC em 2021.

 

Tema do mês

 

A Revolução das NFTs

No início do mês, quando perguntado qual caso de uso do Ethereum mais o havia surpreendido, Vitalik Buterin - fundador da plataforma - respondeu sem pestanejar: NFTs. De fato, não é exagero afirmar que os NFTs, ou tokens digitais não fungíveis, são hoje um dos maiores fenômenos do mercado de criptoativos, atraindo não só entusiastas do meio mas também diversas personalidades da mídia, da música, e um rol cada vez maior de grandes empresas.

Escrevemos pela primeira vez sobre NFTs em nossa carta mensal de março, quando uma obra digital do artista gráfico Beeple foi vendida na Christie’s - conceituada casa de leilões - por US$ 69 milhões, causando alvoroço na imprensa e trazendo enorme visibilidade para essa nova classe de ativos. Naquele momento, há exatos 6 meses, discorremos sobre a origem dos NFTs e seu enorme potencial de crescimento, mas o que aconteceu de lá pra cá foi nada menos que surpreendente. O número de usuários ativos e o volume diário de transações cresceu da ordem de 10x, chegando em diversos momentos a centenas de milhões de dólares negociados em um único dia.

 

Recapitulando nosso artigo anterior, os NFTs (non fungible tokens) consistem essencialmente em representações digitais de ativos cuja autenticidade e unicidade são garantidos e validados pela criptografia da blockchain. O detentor de um NFT tem em sua posse uma representação de titularidade digital, com a garantia de que aquele registro não será alterado ou replicado.

 

As potenciais aplicações são inúmeras: é possível, por exemplo, imaginar um mundo onde os cartórios deixarão de existir, com registros de bens passando a ser representados por NFTs devidamente registrados na blockchain. Todas as informações serão transparentes e de fácil acesso, permitindo que as transações ocorram de forma muito menos burocrática e menos onerosa.

 

 

 

 

Em um cenário no qual as aplicações mais concretas ainda não são realidade - afinal leva tempo até a alteração do status quo - a criatividade da comunidade viabilizou a utilização dessa tecnologia na criação de novas formas de expressão no mundo digital. Como no caso do Beeple, era o sonho dos artistas se tornando realidade: uma forma de garantir a autenticidade e a procedência de suas obras originais (ainda que virtuais). Surgiu então um novo e vibrante movimento, o do colecionador digital. 

 

Colecionadores, de forma geral, costumam ter algumas características em comum: (i) a paixão pelo bem adquirido - e por aquilo que ele representa - (ii) a busca por ‘capital social’ - ao fazer parte de um seleto grupo de aficionados, e (iii) a expectativa de valorização financeira dos ativos de seu acervo. O colecionador digital não é diferente, com a particularidade de que, na internet, o capital social é amplificado pela maior visibilidade gerada pelo efeito rede e pela euforia dos ganhos financeiros associados ao mercado de criptoativos.

 

Os NFTs viraram uma febre, se tornando, em um curto espaço de tempo, um dos mais bem sucedidos casos de uso do universo cripto. O OpenSea, maior marketplace de arte digital em NFTs, teve um volume transacionado de mais de mais de US$ 7 bilhões nos últimos seis meses, enquanto experimentos artísticos e sociais, como os ArtBlocks e os CryptoPunks, rapidamente atingiram patamares bilionários em vendas.

 

 

Os CryptoPunks, em especial, se provaram um dos mais emblemáticos fenômenos desse movimento da criptoarte. Criados em 2017 pelo Larva Labs, foram idealizados inicialmente como um videogame, mas acabaram sendo lançados como NFTs. Gerados por algoritmos, trazem ainda uma nova reflexão sobre o significado de ‘artista digital’. Afinal, seria também o criador do código tal artista? Com apenas 10.000 em existência, o algoritmo atribui a cada ‘punk’ características únicas, diferenciando-os dos demais. 

Apesar da simplicidade, o caráter exclusivo fez com que se tornassem objetos de desejo, um dos símbolos máximos de status dentro da tribo das artes digitais. Entusiastas e personalidades do Twitter trocaram suas fotos de perfil para exibirem seus recém adquiridos CryptoPunks, reforçando o apoio ao movimento e impulsionando suas presenças digitais.

Tamanho sucesso atraiu também um crescente número de grandes empresas, buscando fortalecer suas marcas interagindo diretamente com essa nova geração, nativa digital e virtualmente engajada. A Visa foi a primeira, anunciando em agosto a compra de um CryptoPunk por 150 mil dólares. Na sequência veio a Budweiser, que alterou a foto de seu perfil no Twitter para um NFT e comprou o domínio ‘beer.eth’ - endereço da rede Ethereum que a marca utilizará para construir seu portfólio de ativos digitais. Outras grandes marcas globais não ficaram para trás, com a Coca-Cola leiloando figuras colecionáveis e o Burger King lançando uma campanha que distribuirá NFTs aos clientes, contando inclusive com a participação da cantora brasileira Anitta.

O fenômeno atraiu também a atenção do mercado de capitais tradicional, com fundos de Venture Capital alocando volumes substanciais em empresas e protocolos do meio. A Dapper Labs, por exemplo, startup responsável pelo sucesso NBA Top Shot, levantou recentemente US$ 250 milhões a um valuation implícito de US$ 7,6 bilhões. Estima-se que startups de cripto e blockchain já tenham levantado cerca de US$ 19 bilhões em 2021.

É inegável o sucesso que os NFTs alcançaram até aqui. Com menos barreiras regulatórias, é possível que esse continue sendo um dos casos de uso de blockchains de maior crescimento em termos de adoção. Artistas e grandes marcas estão encontrando terreno fértil para construírem sua presença digital. Mas afinal, o que esse ambiente em ebulição significa para o mercado cripto? 

Plataformas de contratos inteligentes, como o Ethereum, são diretamente beneficiadas pelo efeito rede gerado em seus ecossistemas. Casos de uso populares, como os NFTs, abrem as portas para que milhares de novos usuários se familiarizem com o universo cripto, entendendo a dinâmica de funcionamento das carteiras digitais e das transações em blockchain. 

Adicionalmente, os tokens nativos da rede (ETH, para o Ethereum) são necessários para a realização de qualquer transação, impulsionando naturalmente a demanda pelo ativo e criando um poderoso feedback positivo: quanto maior o valor gerado para a rede, maior a atração de usuários e desenvolvedores, levando consequentemente ao surgimento de novas e inovadoras funcionalidades. 

Tanto o preço do ativo quanto o faturamento da rede, medido pelas taxas pagas em ETH, foram diretamente beneficiados pelo aumento do volume transacionado nos últimos meses. O OpenSea, por exemplo, é de longe o smart contract dominante no pagamento de taxas à rede.

Vislumbramos um futuro no qual nossas identidades digitais se tornarão parte cada vez mais relevante de nossas identidades ‘reais’, e o fenômeno dos NFTs talvez sirva apenas como um primeiro farol na direção desse futuro. Com a Hashdex, os investidores poderão ter acesso a essa nova e vibrante classe de ativos, participando diretamente dessa transformação.

DESTAQUES DA HASHDEX

Hashdex 100 NCI: mudanças que estão sendo propostas na Assembleia de Cotistas

Dando continuidade ao processo de a Hashdex ter fundos com gestão ativa, como anunciado na última Carta Mensal, informamos que os cotistas do fundo Hashdex 100 Nasdaq Cripto Index já receberam a convocação da Assembleia. A pauta será votada no dia 18 de Outubro e, caso as alterações propostas sejam aprovadas, o fundo passa a adotar as alterações após 30 dias da Assembleia. Para facilitar a análise das mudancas, leia o material explicativo clicando aqui

Hashdex é pauta no Financial Times

A Hashdex foi pauta no Financial Times em uma matéria sobre criptoativos e seu fértil solo em páises emergentes.
Segundo o veículo, assim como acontece em economias avançadas, há muito fervor especulativo sobre o bitcoin em partes do mundo em desenvolvimento. No entanto, o investimento em cripto já fez maiores incursões no mercado financeiro tradicional em alguns mercados emergentes do que em mercados avançados. Um exemplo disso são os ETFs de cripto, ainda não aprovados em países como Estados Unidos e Reino Unido, mas um grande sucesso entre investidores de mercados emergentes. A Hashdex, gestora pioneira no segmento, soma mais de 160.000 investidores na Bolsa de Valores, e possui o segundo maior ETF em número de cotistas

 

Hashdex é listada como possível unicórnio na Bloomberg

A Bloomberg Línea listou as principais empresas brasileiras com potencial para tornarem-se unicórnios nos próximos anos e a Hashdex está na segunda posição. Segundo a matéria, a digitalização acelerada e o amadurecimento do ecossistema de startups têm despertado o interesse de fundos locais e internacionais por empresas que de alto potencial de crescimento.

 

Hashdex é destaque no relatório do fundo de Venture Capital Atlantico

O fundo de venture capital Atlantico disponibilizou, hoje, seu relatório anual sobre a "A Transformação Digital na América Latina". Segundo o report, o Brasil se tornou um hub para inovações dentro do mercado de cripto, além de estar em quinto lugar no ranking de países com maior volume de bitcoin tradado no mundo. A Hashdex foi destaque, sendo considerada uma referência no universo de cripto, não só pelo exponencial aumento no número de cotistas, mas também devido ao pioneirismo da gestora ao desenvolver, em parceria com a Nasdaq, o NCI, índice referência do mercado de criptoativos.

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