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O real impacto do Bitcoin: Um novo estudo aponta uma narrativa em melhoria para investidores focados em ASG.

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TL;DR:

 

  • Um relatório recente da KPMG destaca alguns dos equívocos comuns sobre a relação do Bitcoin com considerações ambientais, sociais e de governança (ASG). 

  • Os autores apontam que o Bitcoin está incentivando o desenvolvimento de energia renovável, promovendo inclusão financeira e é projetado com protocolos de governança sólidos. 

  • O relatório reforça a crença de que a adoção do bitcoin continuará a acelerar à medida que os mitos forem dissipados e as instituições se familiarizarem mais com a tecnologia.



Nos últimos cinco anos, o consenso predominante sobre o Bitcoin e o ASG tem sido "O Bitcoin é ruim porque consome muita energia." Como resultado, muitos investidores incluíram o Bitcoin em listas negras como um ativo não compatível com ASG.

No entanto, a realidade é que o Bitcoin e o ASG não são antônimos. Essa é uma perspectiva apoiada por um estudo recente da KPMG, "O papel do Bitcoin no imperativo ASG", que oferece uma visão muito mais baseada em fatos e nuances do que é frequentemente visto na mídia.

Um dos pontos mais importantes do relatório é que a perspectiva importa ao analisar o consumo de energia do Bitcoin (para mais informações sobre esse tópico, consulte nosso artigo sobre mineração de Bitcoin). Por exemplo, a indústria do ouro gera 50% mais emissões de CO2 do que o BTC, enquanto as redes de televisão geram 500% mais emissões. No entanto, os investidores raramente se desfizeram ou incluíram na lista negra o ouro, fabricantes de TV, redes de cabo ou centros de dados devido às suas emissões de carbono. O que eles fizeram foi  (i) incentivar essas indústrias a se tornarem mais sustentáveis (ii) pressioná-las a comprar créditos de carbono para neutralizar sua pegada de carbono. Ambas essas abordagens se aplicam ao Bitcoin.

 

Fonte: KPMG, Bitcoin’s role in the ESG imperative

 

O estudo da KPMG também apresenta argumentos ASG em favor do Bitcoin com algumas perspectivas informativas:

  • Ambiental: A mineração de Bitcoin está incentivando o desenvolvimento de sistemas de energia renovável, já que os mineradores de bitcoin atuam como compradores de energia de última instância. A mineração também ajuda a reduzir as emissões de gases de efeito estufa ao reaproveitar o gás queimado a partir da queima de metano como fonte de energia. Nós já citamos pesquisas separadas no passado que constataram que o Bitcoin consome 56 vezes menos energia do que a indústria de pagamentos tradicional, e uma única transação de Prova de Trabalho é de 1 a 5 vezes mais eficiente em termos energéticos do que transações1 de pagamento tradicionais.

  • Social: A porcentagem de criptoativos usada em transações ilícitas e ilegais é de 0,24%, uma fração pequena quando comparada com os 2% a 5% do PIB global usados para lavagem de dinheiro. O Bitcoin também possibilita remessas melhores e pagamentos transfronteiriços (mais convenientes, mais baratos e/ou mais rápidos) e inclusão financeira, democratizando o acesso a carteiras para receber, enviar ou armazenar valor como uma alternativa à censura em governos repressivos de muitos países.

  • Governança: Esse é um ponto forte do Bitcoin em comparação com muitos sistemas monetários existentes, porque o Bitcoin é uma rede descentralizada com regras conhecidas incorporadas no código/sistema ("o código é a lei") que não podem ser abusadas ou alteradas por participantes individuais.

 

No geral, em todas as três dimensões, há argumentos muito sensatos a serem feitos a favor do Bitcoin. Embora o fator "A", a pegada ambiental do BTC, geralmente seja um ponto de preocupação, há impulsionadores que podem tranquilizar os investidores quanto a essas preocupações, incluindo:

  • Há uma clara tendência em direção ao uso de fontes de energia sustentáveis (renováveis e nucleares) na mineração de bitcoin, o que continuará a reduzir a pegada ambiental da mineração: No início deste ano, escrevemos sobre isso, destacando que, a partir de janeiro de 2022, aproximadamente 53% da eletricidade total já vinha de fontes sustentáveis, sendo 1% proveniente de gás de queima e 11% derivados do uso de energia renovável fora da rede.

  • Algumas empresas de criptoativos estão ativamente envolvidas na compensação da pegada de carbono de suas posições de BTC. Desde 2021, a Hashdex se associou ao Crypto Carbon Ratings Institute da Alemanha para produzir um relatório anual sobre o consumo de energia e as emissões de carbono do Hashdex Nasdaq Bitcoin ETF, um produto no qual usamos parte das taxas de administração para comprar créditos de carbono e alcançar a neutralidade de carbono.

 

Assumindo uma pegada ambiental semelhante, o bitcoin provavelmente terá uma pontuação ASG melhor do que muitos ativos tradicionais, impulsionados pelo S e G. Por exemplo, em comparação com metais preciosos como ouro ou prata, o bitcoin terá uma pontuação mais alta no S (é mais fácil acessar e mais barato transacionar do que ouro e prata) e no G (é mais descentralizado e transparente do que as indústrias de ouro e prata). Portanto, se investidores preocupados com ASG estão confortáveis com grandes investimentos em ouro e prata, certamente não têm motivo para descartar o bitcoin como investimento.

Nossa equipe, na Hashdex ,acredita que os dias em que investidores institucionais consideravam a mineração de bitcoin como um impeditivo para alocar em criptomoedas acabaram. Quaisquer críticas honestas e motivadas por ASG ao bitcoin como investimento devem ser respaldadas por uma análise rigorosa em relação aos fatores ASG, não se concentrando apenas no A (ambiental). Mesmo assim, uma compreensão mais completa do impacto ambiental do bitcoin deve levar em consideração as novas dinâmicas na mineração e as ferramentas de mitigação, como compensações de carbono, abordando sua pegada ambiental.

Há um mês, o CEO da BlackRock, Larry Fink, afirmou publicamente que "o bitcoin está digitalizando o ouro e tem um papel nas carteiras". O relatório da KPMG, seguindo os compromissos de outras grandes instituições, é outro sinal de que a adoção institucional do bitcoin continua a ganhar força. A aceitação do bitcoin pelas instituições é algo que antecipamos há muitos anos, e estamos satisfeitos que o consenso de mercado - tanto em relação ao fortalecimento do caso de investimento para o bitcoin quanto a uma conversa ASG mais detalhada - estejam convergindo para o benefício dos investidores.

 

 

1Khazzaka, Michel; "Bitcoin: Eficiência Energética das Criptopagamentos," 20 de abril de 2022.

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