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O que a saga FTX significa para o futuro de cripto

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TL;DR

  • Uma mistura de ativos ilíquidos, gestão contábil imprópria, ética questionável e uma manobra oportunista de um grande concorrente expuseram a situação da FTX e da Alameda Research, desencadeando uma grande liquidação no mercado cripto.

  • A Binance, maior rival da FTX, assinou uma carta de intenções para uma transação estratégica, mas declinou a negociação após sua devida diligência corporativa. A FTX, então, entrou com pedido de falência.

  • O contágio está alcançando ativos e projetos nos portfólios da Alameda e da FTX Ventures, ameaçando a insolvência de outros provedores de serviços centralizados em cripto.

  • A Hashdex não teve exposição à FTX, FTT ou Alameda. Desde 2018, somos obcecados pela construção de infraestrutura e processos para proteger os investidores de eventos como o da FTX. 

  • Apesar do pessimismo no mercado, os fundamentos de cripto permanecem fortes, com os desenvolvimentos deste ano apontando para mais evolução e adoção dos ativos digitais.


 

Em 8 de novembro, o mercado foi sacudido pelo colapso de duas entidades centralizadas interligadas: FTX e Alameda Research. Nos meses anteriores, cripto parecia estar se descolando das classes de ativos tradicionais, com a volatilidade de curto prazo do bitcoin em pé de igualdade com os principais índices (S&P 500 e Nasdaq 100, por exemplo). No entanto, à medida que surgiam detalhes sobre a combinação de ativos ilíquidos do balanço patrimonial da FTX, gestão imprópria de ativos e passivos e questões éticas com os fundos dos clientes – assim como a oferta oportunista da Binance de comprar a FTX –, uma forte volatilidade voltou aos criptoativos. 

 

Primeiros sinais de problemas: os mercados especulam sobre a solvência da FTX

 

A FTX, uma exchange de cripto centralizada (CEX), e sua empresa irmã, Alameda Research, são de propriedade de Sam Bankman-Fried (“SBF”). SBF havia se tornado uma das figuras mais influentes de cripto nos últimos dois anos, devido à atenção da mídia e ao seu envolvimento na política. Em 2 de novembro, um artigo da CoinDesk revelou um documento interno da Alameda mostrando que grande parte do balanço da empresa (US$ 3,7 bilhões no momento da divulgação) era composto por FTT, token emitido pela FTX que dá descontos para seus detentores em taxas de negociação e permite produtos alavancados na plataforma. A utilidade do FTT é limitada à FTX e o seu valor de mercado foi sustentado, principalmente, pela série de recompras que a FTX vinha fazendo trimestralmente. O documento vazado ainda revelou que a Alameda utilizava FTT como colateral para empréstimos, o que, naturalmente, poderia colocá-la sob pressão significativa caso o preço do FTT caísse. 

Dado que a Alameda e a FTX são empresas irmãs, o artigo da CoinDesk fez os participantes do mercado se perguntarem se uma pressão de venda que afetasse o balanço da Alameda também poderia impactar a FTX. Em 6 de novembro, Changpeng “CZ” Zhao, CEO da Binance, maior CEX de cripto, anunciou publicamente que, “devido a desenvolvimentos recentes que vieram à tona”, sua exchange “decidiu liquidar qualquer FTT restante” em seu portfólio. Esses tokens haviam sido pagos à Binance em 2021 como parte de sua saída de um investimento inicial na FTX. O anúncio de CZ soou o alarme para a situação da Alameda, desencadeando uma grande liquidação de FTT e levando os clientes da FTX a uma corrida de saques. A princípio, SBF afirmou em tuíte que sua exchange estava bem e os ativos dos clientes estavam seguros, mas, pouco depois, excluiu a publicação. No início de 8 de novembro, análises on-chain mostraram que as retiradas de FTX haviam parado. Poucas horas depois, SBF anunciou que a FTX estava assinando uma carta de intenções (LOI) para uma transação estratégica com a Binance, confirmando as suspeitas do mercado de que a relação entre a FTX e a Alameda era muito mais próxima do que apenas ter o mesmo fundador.

 

Binance aparece e se retira, FTX declara falência

 

CZ declarou inicialmente que a Binance tinha assinado uma LOI para adquirir sua rival FTX, no que teria sido a fusão das duas maiores exchanges de cripto em volume negociado. Embora ainda houvesse incerteza sobre a conclusão do negócio, o acordo teria tornado a maior exchange de cripto ainda maior. No entanto, depois de fazer a devida diligência corporativa, a Binance anunciou que não prosseguiria com a aquisição. Assim, não havia muito que SBF pudesse fazer além do inevitável: abrir falência. 

Em 11 de novembro, a FTX registrou pedido de falência, juntamente com mais de 100 entidades corporativas afiliadas a ela, incluindo a Alameda Research e a FTX US. A esse respeito, pensou-se inicialmente que a FTX tinha mais de 100.000 credores, de acordo com o pedido de falência feito pela Alameda. Esse número já era suficientemente preocupante, mas um artigo da CNBC citou advogados da empresa dizendo que “poderia haver mais de um milhão de credores envolvidos”. À luz dos eventos que levaram ao fim de seu império, a FTX também anunciou que SBF havia deixado o cargo de CEO ativo.

 

Um suposto hack à FTX ocorre

 

Diante desse cenário, os mercados permaneceram tensos, mas, pelo menos, houve um consenso momentâneo de que a situação estaria se estabilizando. No entanto, pouco tempo depois que a FTX entrou com o pedido de falência, centenas de milhões de dólares foram retirados da exchange durante a noite, no que a empresa chamou de “transferências não autorizadas”. As várias carteiras supostamente drenadas da FTX somavam US$ 650 milhões. Diante desses desenvolvimentos, os investidores permaneceram apreensivos e começaram a surgir muitas especulações sobre o ambiente em torno da FTX e de SBF antes dos eventos de novembro.

De acordo com um artigo da CoinDesk, “toda a operação das empresas era dirigida por uma gangue de crianças nas Bahamas”. Entre os nove colegas de casa de SBF estão o cofundador e diretor de tecnologia da FTX, Gary Wang, o diretor de engenharia da FTX, Nishad Singh, e Caroline Ellison, CEO da Alameda (a trading firm de SBF que estava no centro do caos durante o evento e supostamente recebeu US$ 10 bilhões em dinheiro de clientes).

 

O risco de contágio 

 

Essa situação abalou a confiança dos investidores em criptoativos, impactando os preços de toda a classe de ativos – incluindo Bitcoin e Ethereum. Também está tendo um impacto de preço mais forte para o lado negativo de outros grandes projetos que ganharam notoriedade no último ciclo de criptomoedas. O balanço vazado da FTX mostrou o token nativo da Solana, SOL, como uma das principais posições da Alameda, que provavelmente precisaria ser vendida para gerar dinheiro para a Alameda em um cenário de insolvência. A Alameda foi uma das primeiras investidoras da Solana, a FTX era uma grande apoiadora do desenvolvimento da tecnologia e um parceiro importante para vários projetos no ecossistema de DeFi na Solana. O preço do token SOL foi severamente impactado desde o desenrolar dos eventos, com o token atualmente1 cerca de 93% abaixo de seu topo histórico de 2021 e um declínio semanal de ~50% na semana em que o evento se desenrolou. 

Depois de confirmada a insolvência da Alameda, o Tether USD (USDT) – a maior stablecoin por capitalização de mercado – perdeu brevemente sua paridade com o dólar, atingindo uma mínima de US$ 0,98. Se especulou que a Alameda poderia estar tentando vender USDT no protocolo DeFi Curve Finance por outras stablecoins, como USDC e DAI (stablecoin do MakerDAO). Isso causou um desequilíbrio nos pools de liquidez DeFi, descolando temporariamente o USDT do USDC e DAI. Os volumes de USDT em exchanges centralizadas são naturalmente muito maiores que os da Curve, portanto, uma parte importante desse movimento de USDT pode ter vindo de outro lugar. 

Além disso, um relatório recente da The Block Research também mapeou os portfólios da Alameda e da FTX Ventures, mostrando que as duas empresas tiveram 255 investimentos públicos em oito categorias diferentes, incluindo projetos nativos de cripto em DeFi, Web3 e NFTs e infraestrutura de cripto centralizada em negociação e corretagem. Seus portfólios exibem os principais players do setor, incluindo Polygon, um dos principais fornecedores de soluções de escalabilidade para o Ethereum, e 1inch, um agregador de exchanges descentralizadas (DEX) em DeFi.

Os riscos de contágio também se espalharam por outras empresas CeFi, com impactos adicionais impulsionados pelo fato de a FTX ter sido a compradora de última instância de grandes players que quebraram durante a queda de Terra/LUNA e Celsius no início de 2022. Entre elas está a BlockFi, que recentemente interrompeu saques e declarou falência na última semana. Outras empresas e hedge funds anunciaram publicamente que mantinham ativos de clientes na FTX para gerar rendimento em cripto ou como parte de estratégias de gestão de ativos, caso em que suas responsabilidades com ativos de clientes não poderão ser honradas até que a situação da FTX seja resolvida. Por fim, a Genesis, líder em empréstimos e provisão de liquidez em cripto – inclusive para o principal produto da Grayscale, GBTC – suspendeu recentemente os resgates e novas obrigações de empréstimo. Todos esses eventos mostram que um quadro objetivo dos efeitos do contágio ainda está longe de ser óbvio. Acompanharemos tudo o que está acontecendo no momento e garantiremos que os investidores da Hashdex sejam atualizados assim que informações confiáveis ​​forem fornecidas ao público. 

 

Exchanges centralizadas e seus tokens de utilidade enfrentam desconfiança

 

Como outra consequência dos desdobramentos da insolvência da FTX, o mercado iniciou um maior escrutínio das operações e gerenciamento de ativos e passivos por todos os principais provedores de serviços centralizados em cripto, principalmente quando se trata de CEXs, que representam a maior parte do volume negociado na classe de ativos. CZ, da Binance, declarou publicamente que os provedores de serviços centralizados no ecossistema cripto tem a obrigação de oferecer maior transparência, mencionando que sua exchange começaria a fazer a chamada prova de reservas (Proof-of-Reserve, ou PoR), publicando provas on-chain da quantidade de criptoativos que eles detém.

Embora este seja certamente um avanço quando se trata de supervisão de mercado, os procedimentos de PoR são controversos, dado que uma exchange insolvente pode retirar fundos de outro lugar para “tirar uma foto” de suas reservas e enviá-los de volta logo em seguida, mostrando apenas uma foto dos ativos que presumivelmente detêm em nome de seus clientes. Rumores sobre essa atividade suspeita de alguns players importantes vieram à tona quando a Crypto.com enviou 320.000 ETH para a Gate.io supostamente por engano, recebendo os fundos de volta algum tempo depois, sinalizando que algumas CEXs podem estar falsificando seus PoRs.

Além disso, dada a influência que o FTT teve na queda da Alameda e da FTX, os tokens de utilidade das CEXs começaram a ser encarados com desconfiança pelos participantes do mercado, principalmente para aqueles que têm utilidade muito limitada – semelhante ao que o FTT tinha dentro do FTX – e com oferta concentrada em grande parte em seus próprios emissores. Isso inclui o CRO da Crypto.com, o HT da Huobi e o BNB da Binance, com ameaças de que um (ou mais deles) possa ser o gatilho para uma situação semelhante à da FTX nas próximas semanas e meses. Desses três exemplos, o BNB pode ser o menos temerário, já que é o token nativo que alimenta a BNB Chain – assim como o ETH em relação ao Ethereum –, que, atualmente, é a segunda maior rede de primeira camada por atividade on-chain em DeFi 2. Obviamente, deve-se tomar cuidado com qualquer token de exchange para que todo esse quadro possa mudar rapidamente daqui para frente. 

 

O que isso significa para o futuro de cripto

 

Os eventos recentes fizeram com que investidores e observadores externos levantassem vários questões relacionados aos criptoativos. Entre elas, questões sobre como a Alameda e a FTX conseguiram chegar tão longe sem nenhuma intervenção regulatória importante, bem como questionamentos sobre o valor da tecnologia blockchain. Embora a descrença e as críticas estejam dominando as discussões neste espaço agora, acreditamos que esses eventos são ilustrações importantes do tipo de problema que a Hashdex está aqui para resolver.

Episódios como o que envolve FTX e SBF mostram claramente como pode ser benéfico investir em criptoativos por meio de produtos simples, seguros e regulados. A situação da Alameda/FTX foi desencadeada pela má gestão de ativos e passivos, com graves conflitos de interesse e questões éticas envolvendo as empresas e suas lideranças. A FTX tinha uma parte significativa de seus negócios residindo fora da jurisdição dos reguladores dos EUA, o que significa que a maioria das operações obscuras da empresa não podiam ser facilmente rastreadas ou passar por supervisão regulatória adequada. Mais uma vez, semelhante a Celsius, Three Arrows Capital, Voyager e BlockFi, o que estamos experimentando atualmente é uma consequência de players de finanças centralizadas (CeFi) em cripto administrando seus negócios fora do território devidamente regulamentado. Por outro lado, a Hashdex se esforça para ser líder no fornecimento de produtos de ponta regulamentados em cripto, e nossa obsessão pelo risco é uma peça-chave do quebra-cabeça que é investir em cripto, onde auditoria profissional, governança e procedimentos institucionais de custódia – juntamente com uma rigorosa due diligence de nossos parceiros – garantem que eventos do tipo FTX não tenham nenhum efeito direto nos ativos de nossos produtos ou infraestruturas operacionais. Como resultado, a Hashdex não teve nenhuma exposição à Alameda, FTX ou ao token FTT. Além disso, estamos comprometidos com os reguladores para promover estruturas regulatórias robustas para o espaço de ativos digitais em todo o mundo.

É seguro dizer que a volatilidade de cripto voltou a todo vapor. Mas também vale a pena reafirmar dois fatos importantes: (i) cripto sempre foi uma classe de ativos de volatilidade anualizada de mais de 80% e (ii) Bitcoin e Ethereum – os blue-chips de cripto e os projetos mais validados – superaram baixas muito piores no passado. 

Como temos enfatizado nos últimos meses, nossa tese de investimento em cripto está se desenvolvendo positivamente em ritmo acelerado em um ano ruim para os preços: o Bitcoin está se fortalecendo à medida que a adoção institucional e sua utilidade continua crescendo, o Ethereum passou por sua atualização mais ambiciosa sem problemasas soluções de escalabilidade estão inovando para levar cripto a bilhões de usuários e os projetos DeFi blue-chip continuam atraindo investimentos e acumulando novos níveis de adoção dos usuários, com a Uniswap ultrapassando recentemente a Coinbase em volume negociado diariamente em Ether.

Esses dados fornecem fundamentos sólidos nos quais podemos nos apoiar para ganhar confiança de que muitos outros desenvolvimentos positivos acontecerão nos próximos anos. Também estamos confiantes de que a crise desencadeada pela Alameda e FTX provavelmente será lembrada como uma lição importante para toda a indústria e reguladores, que – assim como a Mt. Gox – tem o potencial de trazer saltos fundamentais para uma das tecnologias mais disruptivas em desenvolvimento hoje.

 

[1] CoinMarketCap, Solana, acessado em 16 de novembro de 2022.

[2] Defillama, Estatísticas de DEX por blockchain, acessado em 16 de novembro de 2022.

 

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