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Sem amor por cripto em fevereiro

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Prezado Investidor,

Após um início de ano forte, fevereiro se mostrou um dos piores meses para os criptoativos desde 2022. O Nasdaq Crypto Index™ (NCI™) caiu mais de 21% à medida que preocupações macroeconômicas se chocaram com o maior ataque hacker a uma das principais exchanges do setor, a Bybit, e com a percepção de que o governo Trump não estava avançando rapidamente em suas iniciativas para ativos digitais.

Em suas Notas do CIO, Samir Kerbage discute se o fraco desempenho do mês passado é um sinal de que o atual mercado de alta está perdendo força, tema que também abordou em um webinar com a Nasdaq. Para ajudar os investidores a entender melhor o novo cenário em Washington, DC, nossa equipe de pesquisa preparou um material sobre o cenário regulatório em evolução, que pode ser acessado aqui.

Como sempre, agradecemos imensamente a sua confiança em nós e estamos à disposição para esclarecer qualquer dúvida.

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Revisão de Mercado

Após um mês positivo, fevereiro foi marcado pelo maior hack da história do mercado cripto. No entanto, o price action foi amplamente impactado pela guerra tarifária iniciada pelo governo Trump, que aumentou tarifas sobre importações de China, México e Canadá. A escalada da tensão comercial gerou preocupações sobre os impactos no crescimento econômico global, elevando a aversão ao risco e pressionando ativos de maior volatilidade, como os criptoativos. Esse ambiente macro adverso resultou em quedas generalizadas até o dia 21/02, quando o hack da exchange Bybit acelerou ainda mais o movimento de venda no mercado. 

O Nasdaq Crypto Index™ (NCI™) apresentou uma rentabilidade de -21,58% no período. Quase metade ocorreu após o anúncio das tarifas sobre México, Canadá e China, que levou a uma queda consistente do mercado até o dia 21 de fevereiro. Após esse período, com o anúncio do hack da Bybit, a queda se intensificou, resultando em uma desvalorização adicional de -12%. O ataque cibernético, atribuído a um grupo norte-coreano, resultou em uma perda de US$ 1,4 bilhão. A notícia gerou pânico no mercado, levando a uma queda imediata de 5% no preço do bitcoin. No mesmo período, os índices S&P 500 e Nasdaq 100 registraram retornos negativos de -1,30% e -2,69%, respectivamente, refletindo a incerteza sobre a implementação de novas políticas pelo governo Trump.

Entre os ativos do NCI™, as quedas foram expressivas. O pior desempenho foi o do LINK, que registrou uma desvalorização de -40,57% no mês. Apenas um ativo conseguiu se manter em território positivo: o LTC, que encerrou fevereiro praticamente estável, com um leve ganho de 0,13%. BTC e ETH também tiveram quedas acentuadas, de -17,28% e -33,30%, respectivamente. Os índices setoriais sofreram ainda mais do que o NCI™, uma queda esperada em períodos de alta volatilidade devido à presença de ativos de menor capitalização de mercado. O Digital Culture Index teve o pior desempenho entre seus pares, com uma queda de -39,55%, seguido pelo Decentralized Finance Index (DeFi) e pelo Smart Contract Platforms Index, que caíram -35,94% e -34,36%, respectivamente. O Vinter Hashdex Risk Parity Momentum Index também acompanhou a tendência negativa, registrando uma perda de -28,78%.

O revés de fevereiro não altera nossa convicção de que 2025 continua sendo um ano promissor. O NCI™ voltou ao território negativo no acumulado de 2025, com uma queda de -13,89%, mas a perspectiva geral permanece inalterada. O hack da Bybit foi um evento significativo, mas a forma como a exchange lidou com a crise também se destacou, estabelecendo um novo padrão para a gestão de crises no setor. No cenário político, o debate sobre regulamentação cripto nos EUA continua em andamento. Nossa visão de longo prazo permanece positiva, apesar da volatilidade no curto prazo.

 

Principais Notícias

 

Bybit sofreu o maior hack da história do mercado cripto


Um hacker roubou US$ 1,4 bilhão da Bybit após acessar uma carteira fria de Ethereum e explorar falhas nas práticas de segurança da exchange. A Bybit afirma ter coberto o déficit em suas reservas de ETH após o incidente. Apesar do ocorrido, o impacto no mercado foi relativamente menor em comparação com eventos anteriores, o que sugere uma maior maturidade do mercado em relação a choques de curto prazo.

 

Citi e State Street entrarão no setor de custódia de ativos digitais


Os bancos estão supostamente planejando lançar negócios de custódia de ativos digitais, mais um exemplo de como a mudança regulatória nos EUA tem o potencial de acelerar a adoção de ativos digitais pelo mundo das finanças tradicionais.

 

Novo marco da Polymarket

 

A Polymarket atingiu 450.000 traders ativos mensais, à medida que a plataforma diversificou seus mercados de apostas para incluir previsões esportivas. Com um volume de negociação substancial de US$ 1,6 bilhão apenas em janeiro, podemos estar testemunhando o surgimento de uma aplicação-chave impulsionada pelos usuários.

 

 

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