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Carta Mensal Hashdex - Agosto 2020

Cartas Mensais

Caros investidores,  

 

A Carta Mensal da Hashdex deste mês traz como principais notícias:

  • Mercado em alta batendo o Bitcoin (outra vez) 

  • Banco Central cria grupo para estudar moeda digital
  • Tema do mês: Dois anos do HDAI;
  • A live com a Fidelity Digital Assets sobre a adoção de institucionais a criptoativos..

 

 

Boa leitura!

FUNDOS DE INVESTIMENTOS HASHDEX

 

Confira a performance dos fundos da Hashdex e seus materiais de divulgação.

PERFORMANCE DO HDAI (USD) YTD 78% 

PERFORMANCE DO HDAI EM AGOSTO | AGOSTO 9,1%

VOLATILIDADE DO HDAI % AO ANO | VOL média 59,2% | VOL corrente 34,7%

AGOSTO: MERCADO EM ALTA E BATENDO O BITCOIN (OUTRA VEZ) 

 

Após uma forte alta observada em julho, com o Bitcoin ficando atrás do HDAI, o mercado de criptoativos iniciou agosto mantendo a tendência. Em meados do mês, o índice que representa o mercado acumulava alta de 13,5%, com o Bitcoin passando dos US$ 12 mil (valorização de 8,6%). Após esse pico, houve uma mudança na tendência atribuída, em parte, a grandes liquidações de margens de futuros na Bitmex. Nos últimos quatro dias do mês, o HDAI recuperou parte dessas perdas e fechou com alta de 9,1%, contra 6,6% do Bitcoin.

Entre os constituintes do índice, os dois grandes destaques foram o Chainlink e Cosmos, que mais que dobraram de valor, impulsionados pelo crescimento do segmento de DeFi, que foi o Tema do Mês da nossa última Carta Mensal. Dentre os ativos com pior performance, vale mencionar o Ethereum Classic, segundo com maior perda, que sofreu três ataques de 51%, em que um atacante entra com a maior parte do poder computacional da rede a fim de fraudar os registros de  transações. A persistirem esses problemas de segurança, o Ethereum Classic pode vir a ser excluídos de algumas exchanges relevantes.

Nos fundos locais, o bom desempenho dos criptoativos foi parcialmente revertido por uma queda do dólar frente ao real de cerca de 5% no mês. Com isso os Discovery, Explorer e Voyager tiveram rentabilidades de 2,57%, 5,47% e, 12,66% no mês, respectivamente. Ao longo de 2020, acumulam altas de  22,35%, 46,79% e 127,34%, na mesma ordem.

MICROSTRATEGY ANUNCIA ALOCAÇÃO EM BITCOIN

 

A Microstrategy é uma empresa de business intelligence fundada no final dos anos 1980 e lista na NASDAQ sob o ticker MSRT. Na segunda-feira, dia 10 de agosto, o CEO da companhia, Michael J. Saylor, anunciou que a empresa havia investido US$ 250 milhões em Bitcoin, o equivalentes a cerca de metade do caixa ou um quinto do valor da companhia (de acordo com a cotação do dia).

Segundo Saylor, o investimento é parte de uma nova estratégia de tesouraria, que visa maximizar o valor para os acionistas no longo prazo. Nas palavras dele: “Consideramos a aceitação global, o reconhecimento da marca, a vitalidade do ecossistema, a dominância da rede, a resiliência da arquitetura, a utilidade técnica e a ética da comunidade do bitcoin como uma evidência persuasiva de sua superioridade como classe de ativos para aqueles que buscam uma reserva de valor de longo prazo”. No dia seguinte ao anúncio, a ação da empresa registrou alta de quase 10%, encerrando a semana com valorização de 18,8%.

Apesar de uma empresa de pequeno porte, a Microstrategy faz parte da carteira de 81 ETFs, incluindo o Vanguard Total Stock Market ETF (VTI), terceiro maior do mercado americano com US$ 160 bilhões sob gestão. Além dele, outros três ETFs entre os vinte maiores do mercado, que somam US$ 160 bilhões sob gestão, também possuem exposição ao MSRT. Isso significa que dezenas de milhões de investidores passaram a ter uma exposição indireta, mesmo que pequena, ao Bitcoin, incluindo a maioria (talvez, a totalidade) dos principais investidores institucionais. Apenas como comparação, o número de usuários do Bitcoin ativos em 2020 é estimado em cerca de 40 milhões.

O fato de um empresa de pouco mais de um bilhão de dólares em valor de mercado utilizar Bitcoin em sua estratégia de caixa não seria, por si só, uma fato de grande relevância. Por sua vez, a exposição de muitos milhões de investidores, incluindo os principais institucionais, ao criptoativo e, concomitantemente, à disponibilização de um produto com significativa exposição ao mesmo em uma das principais bolsas de ações do mundo é significativo. É um pequeno contato para um grande público e um ambiente de negociação até então inexplorados.

BANCO CENTRAL CRIA GRUPO PARA ESTUDAR MOEDA DIGITAL

 

No dia 20 de agosto, o Banco Central do Brasil anunciou a criação de um grupo de estudo para debater a criação de uma versão virtual do Real. O objetivo do grupo é mapear os benefícios de tal iniciativa considerando sua convivência com o PIX, sistema de pagamentos digital que entrará em operação no final do ano, bem como os riscos envolvidos.

Uma potencial vantagem, segundo  o próprio Banco Central, é uma redução substancial de custo. O atual sistema de moedas metálicas e em papel custa em torno de R$ 90 bilhões por ano. Além disso, a versão digital das moedas é mais rastreável, o que facilita o combate ao crime em todas as esferas.

No comunicado, o Banco Central esclareceu que o Real virtual não funcionaria como o Bitcoin e outros criptoativos. De fato, o cerne da tecnologia dos criptoativos é excluir a necessidade de uma terceira parte confiável como validadora das transações. No caso das moedas digitais emitidas por Bancos Centrais, eles mesmos (ou terceiros outorgados) fazem o papel de intermediador. Ainda assim, o desenvolvimento dessas moedas digitais pode ser positivo para a adoção dos criptoativos por acostumar o público à ideia de valores desprovidos de representação física.

 

DESTAQUES DA HASHDEX

 HASHDEX CRIPTOATIVOS VOYAGER FIM IE NA CARTEIRA DOS MELHORES FUNDOS DA EMPIRICUS

O fundo Hashdex Criptoativos Voyager FIM IE , destinado a investidores profissionais foi  incluído na Carteira dos Melhores Fundos da Empiricus ao lado de gigantes como JGP SELECT, SPX Raptor, e Giant Zarathustra, nesse mês de agosto.

O relatório é exclusivo para assinantes e tem como objetivo auxiliar o investidor na escolha de fundos de investimento. 

 

Live: THE INSTITUTIONAL ADOPTION OF CRYPTO ASSETS, BY FIDELITY DIGITAL ASSETS 

Em um talk realizado no dia 29/07, Josh Deems, Diretor de Business e Desenvolvimento da Fidelity Digital Assets conversou com Bruno L. Kmita Passos, Sócio e Diretor de Operações da Hashdex, sobre a "Adoção de Institucionais a Criptoativos" e como a Fidelity vê o ecossistema de cripto evoluindo nos próximos ano. A expectativa é tamanha, tendo a gigante de investimentos desenvolvido um braço da empresa voltado para a especialização da custódia do ativo.

A Hashdex é a primeira gestora da América do Sul a assinar um contrato com a Fidelity Digital Assets para a custódia de suas criptos. A iniciativa se soma a uma série de ações estratégicas já implementadas pela Hashdex junto a outros custodiantes institucionais, cujo o objetivo é oferecer ao investidor exposição a cripto de forma segura e regulada.

 

Live: FINTECHS, SANDBOX, INOVAÇÕES E PERSCETIVAS PARA O MERCADO DE FUNDOS

Live que aconteceu no dia 1/9, no canal da Hashdex, com a participação de  Daniel Maeda, Superintendente de Relações com Investidores Institucionais da CVM, Caio Ferreira Silva e Fernando Mirandez Del Nero Gomes, ambos sócios do Pinheiro Neto Advogados e Bruno Ramos de Sousa, Diretor Jurídico e de Compliance da Hashdex. Assista aqui

HASHDEX NA EXAME  RESEARCH:  NOVAS TENDÊNCIAS PARA A INDÚSTRIA DE FUNDOS: OS CRIPTOATIVOS 

 

No dia 27 de Agosto, Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex,  participou de um evento ao vivo com a Exame Research sobre os Criptoativos como uma nova tendência na indústria de fundos. 

TEMA DO MÊS:

O HDAI COMPLETA DOIS ANOS

Neste mês, o HDAI completa dois anos desde seu lançamento em setembro de 2018. A Hashdex construiu o HDAI com o objetivo de prover ao mercado um benchmark de altíssima qualidade, que pudesse capturar a evolução dos preços dos criptoativos,  considerando todas as nuanças desta classe de ativos. Conforme prevíamos quando desenhamos o HDAI em 2018, o ecossistema de blockchain e o mercado de criptoativos evoluiu significativamente nos últimos dois anos. E, exatamente como aspirávamos e conforme tínhamos planejado, o HDAI tem consistentemente demonstrado a sua robustez e sua adaptabilidade em cada etapa destas mudanças.

 

Para os que acompanhavam os criptoativos em Setembro de 2018, era difícil imaginar todo o progresso que testemunhamos em apenas dois anos. Na ocasião, o clima era ainda de "ressaca", devido à enorme correção de preços ocorrida ao longo de 2018. Após ser lançado, o índice chegou a capturar os grandes estresses que atingiram o mercado no final daquela correção. Entre setembro e dezembro de 2018, quando esteve em seu mínimo histórico, o HDAI mediu uma desvalorização de 59% no mercado de criptoativos. No entanto, mesmo diante de um cenário que muitos encaravam como desanimador, players do mundo blockchain, como a Hashdex, não perderam de vista o potencial enorme da tecnologia e continuaram desenvolvendo o ecossistema. Hoje, podemos observar claramente os frutos deste trabalho.

 

Os últimos 24 meses foram um período marcante no que diz respeito ao progresso da infraestrutura para os criptoativos. Em outubro de 2018, a gigante instituição financeira americana Fidelity Investments lançou seu braço de ativos digitais, Fidelity Digital Assets, oferecendo a um seleto grupo de players do mercado serviços de trading e custódia de criptoativos. Em um ambiente de competição crescente, as empresas nativas de cripto, como Coinbase e Bitgo, elevaram significativamente a qualidade de seus serviços de custódia, passando a oferecer seguros contra perdas e expandindo consideravelmente a seleção de ativos suportados. No espaço de trading, a grande notícia de 2019 foi o início das operações da Bakkt, uma empresa que faz parte do conglomerado que também controla a New York Stock Exchange, e que passou a oferecer contratos futuros de Bitcoin com entrega física.

 

Na esteira da evolução da infraestrutura de cripto, empresas e governos não ficaram parados. Na iniciativa privada, em 2019 testemunhamos a entrada oficial do Facebook no espaço de cripto e blockchain com o lançamento do projeto Libra e o início da construção de sua crypto wallet própria, a Calibra, que recentemente foi renomeada para Novi. Também em 2019, o banco JP Morgan lançou sua stablecoin JPM Coin e diante deste cenário de disrupção iminente dos serviços e meios de pagamentos por agentes privados, governos de todo o mundo passaram a empregar esforços na criação de suas próprias moedas digitais - as CDBCs (do inglês Central Bank Digital Currencies).  

 

Não surpreendentemente, mesmo após a enorme correção de 2018, investidores sofisticados não perderam de vista a classe dos criptoativos. Nos últimos anos vimos os fundos de endowment das tradicionais universidades americanas Harvard e Yale (este gerido pelo lendário David Swensen) investirem em fundos dedicados a criptoativos. Em 2019, a renomada consultoria de investimentos Cambridge Associates emitiu um relatório recomendando que investidores institucionais explorassem a classe de criptoativos. O amadurecimento da classe trouxe para o mercado de cripto investidores de peso, como a gestora Renaissance Technologies do genial Jim Simons. Mais recentemente, neste cenário de crises extraordinário, desencadeado pela pandemia do COVID-19, a tese dos criptoativos como a reserva de valor do futuro tem ganhado enorme destaque, assim como a chancela aberta de investidores de peso, como foi o caso do famoso gestor de hedge funds Paul Tudor Jones.

 

Da mesma forma que o HDAI capturou o final da enorme correção de 2018, o índice também refletiu muito bem a forte recuperação do mercado desde então. Desde seu mínimo, em 15 de dezembro de 2018, o HDAI acumula uma alta de 226%. Atendendo aos requisitos para os quais o índice foi cuidadosamente desenhado, o HDAI tem crescido em abrangência à medida que o mercado evolui e o índice tem sido capaz de capturar as importantes tendências que estão surgindo no espaço de blockchain e outras tecnologias de registro distribuído.

 

Em seu lançamento, o HDAI possuía 11 constituintes, com predominância de ativos pentencentes aos subgrupos de moedas descentralizadas e de contratos inteligentes. Com a contração do mercado no 4T18, a quantidade de constituintes caiu para dez ativos. Desde então, porém, a seleção tem se expandido, assim como os temas capturados e refletidos no benchmark.

 

Os criptoativos que alimentam redes de contratos inteligentes ganharam ampla diversidade de temas no HDAI. Ativos como o EOS, que passou a integrar o HDAI em 2019, propõem soluções bastante distintas para os problemas de velocidade e escalabilidade das plataformas de contratos inteligentes. O Tezos, que também entrou no HDAI em 2019, possui um modelo inovador de governança, no qual os detentores dos ativos votam diretamente nas decisões do protocolo. Além disso, é um dos casos mais bem sucedidos de redes que utilizam o mecanismo de consenso inovador Proof-of-Stake, ao invés do mais bem estabelecido Proof-of-Work.

 

A popular tese de serviços financeiros descentralizados, ou DeFi (do inglês Decentralized Finance), também ganhou sua boa parcela de representação no HDAI ao longo desses dois anos. A Binance Coin, que faz parte do índice desde Dezembro de 2019, tem o propósito de alimentar a corretora descentralizada (comumente denominada DEX, do inglês Decentralized Exchange) da Binance, uma das empresas mais importantes do mundo blockchain. Na reconstituição que ocorreu no mês atual, o HDAI está adicionando o LEND, que é o criptoativo por trás da maior rede de empréstimos descentralizados e colateralizados da atualidade, a Aave.

 

À medida que o ecossistema de blockchain evolui, novas necessidades aparecem e novos serviços, também baseados em tecnologias de registro distribuído, surgem. Quando os criptoativos por trás desses serviços ganham importância, o índice passa a refletir seus preços. O Chainlink, que passou a integrar o HDAI em dezembro de 2019, funciona como uma ponte entre redes de contratos inteligentes e recursos fora do blockchain. Somente em 2020, o Chainlink já se valorizou mais de 700%. O Cosmos, que entrou no HDAI há três meses, é um protocolo que facilita a interoperabilidade entre diferentes blockchains.

 

Além do LEND da rede Aave, o OMG Network é o outro ativo que se tornou constituinte do HDAI no rebalanceamento deste mês. A OMG Network é uma rede que dá mais escalabilidade e velocidade a transações na rede Ethereum. Assim como o Ethereum, o OMG Network está se beneficiando do enorme crescimento recente dos serviços de DeFi.

 


Desde sua criação há dois anos, o Hashdex Digital Assets Index cresceu de 11 constituintes para 18. Conforme tínhamos planejado, o índice tem entregado a robustez e a flexibilidade que fazem com que ele seja o melhor benchmark de preços para o mercado de criptoativos. O Estadão chamou o HDAI de "Ibovespa das Criptomoedas". A passos firmes, o nosso índice tem se estabelecido como a referência do mercado no Brasil e no mundo, sendo distribuído pela Nasdaq. A trajetória de sucesso do HDAI, que foi arquitetado e construído pelo nosso time, nos enche de orgulho e nos dá a certeza de que a Hashdex está cumprindo um importante papel no progresso da tecnologia blockchain.

 

 

 

 

 

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